PUBLICIDADE

Campanha de eleita ajuda Crivella e Mercadante

Sobrinho do bispo Edir Macedo, senador do Rio recebeu R$ 92,5 mil, mais que candidato do PT ao governo paulista

Por Rafael Moraes Moura e BRASÍLIA
Atualização:

A campanha da presidente eleita Dilma Rousseff (PT) ajudou mais Marcelo Crivella (PRB), senador reeleito pelo Rio, que Aloizio Mercadante (PT), candidato derrotado ao governo paulista. Segundo números preliminares divulgados no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a campanha da petista destinou o equivalente a R$ 169.125 para a dupla, dos quais R$ 92,5 mil (54,7% do total) ficaram com Crivella.As contribuições para Mercadante e Crivella aparecem na categoria "estimado", o que significa que vieram na forma de bens e serviços, como locação de automóveis e pagamento de gasolina, explica o TSE. Por ora, só foram informados os valores, sem detalhamento das ações. As doações feitas no segundo turno ainda não foram divulgadas.Dilma contribuiu com R$ 76.625 para Mercadante, do total de R$ 20,23 milhões em receita da campanha do PT ao Palácio dos Bandeirantes. Foram feitos três repasses, nos dias 22, 27 e 29 de setembro.A Assessoria de Imprensa do candidato informou à reportagem do Estado que o valor corresponde ao gasto com material - panfletos, placas e adesivos - que estampavam tanto o nome de Dilma quanto o de Mercadante.Crivella recebeu doação estimada de R$ 92,5 mil em 22 de agosto. Uma das principais lideranças políticas entre evangélicos, ele é sobrinho do bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da TV Record. Dilma concedeu à emissora anteontem sua primeira entrevista ao vivo após a divulgação do resultado da eleição.O senador foi incorporado à comitiva de campanha de Dilma no Rio, mesmo não estando na coligação que reelegeu o governador Sérgio Cabral (PMDB). No segundo turno, prometeu empenhar-se para apagar o incêndio provocado por controvérsias religiosas, como a questão do aborto. Crivella declarou ter arrecadado R$ 2,65 milhões - R$ 59,5 mil doados por ele mesmo. O Estado não localizou ontem o senador.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.