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Campanha em lojas critica violência contra a mulher

Adesivos criados pelo Instituto Maria da Penha alertam que, mesmo após correção da pesquisa do Ipea, índice de pessoas que apoiam estupro ainda é alto

Foto do author Fabiana Cambricoli
Por Fabiana Cambricoli
Atualização:

SÃO PAULO - O Instituto Maria da Penha criou adesivos publicitários para serem usados em vitrines de lojas para ressaltar que, mesmo após a correção nos dados da pesquisa do Ipea sobre violência contra a mulher, o índice de pessoas que apoiam o abuso contra a mulher ainda é preocupante. Na sexta-feira, 4, o Ipea informou que 26%, e não 65%, concordam, total ou parcialmente, com a afirmação de que mulheres que usam roupa que mostram o corpo merecem ser atacadas.

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Os adesivos fazem alusão aos cartazes geralmente usados pelas lojas para anunciar liquidações. Em tamanho maior, aparece o número 26%, como se fosse um índice de desconto. Ao chegar mais perto, o cliente pode ler, junto ao número: “O número mudou, mas ainda é absurdo. Não é desconto: É a quantidade de gente que acha que o jeito da mulher se vestir justifica o estupro. Esta loja não apoia isso”. Todos os adesivos vêm acompanhados da hashtag #essamodatemqueacabar.

De acordo com o Instituto Maria da Penha, os adesivos já começaram a ser usados no sábado, 5, por lojas da região dos Jardins, na zona oeste de São Paulo.

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