Campanha pela paz reúne 50 instituições no Maranhão

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Por Agencia Estado
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Cinquenta instituições iniciaram nesta segunda-feira uma campanha de combate à criminalidade denominada "Maranhão pela paz - violência não é legal". As entidades assinaram em ato público um termo no qual se comprometem "a zelar pela segurança e qualidade de vida da população". A campanha foi concebida com base no crescimento dos indicadores da criminalidade em todo o País e numa pesquisa realizada recentemente pelo Judiciário. De acordo com o levantamento feito por juízes das nove varas criminais da capital maranhense, houve um significativo crescimento no número de processos que chegaram à Justiça entre os anos de 2000 e 2001. Em 2000, foram registrados 224 crimes contra a vida (homicídios e latrocínios). Em 2001, o número subiu para 260. No que se refere aos crimes contra o patrimônio (furtos e roubos), em 2000, foram 387 e em 2001, 696. Segundo a presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Etelvina Ribeiro Gonçalves, os índices da violência na realidade são maiores porque nem todos os crimes chegam à esfera judicial. Outro levantamento feito pela Secretaria de Segurança do Estado constatou que somente nos quatro primeiros meses de 2002 foram registradas em São Luís 1.604 ocorrências na delegacia especial da mulher, entre tentativas de homicídio, estupro, ameaça e lesão corporal dolosa. No Maranhão, de acordo com os organizadores da campanha, os principais problemas com a criminalidade estão relacionados a violência doméstica, crimes sexuais contra menores e assaltos a agências bancárias. Ao falar em nome do conselho gestor da campanha, a presidente do TJ disse que o programa de combate à violência só terá resultado positivo se contar com o apoio de toda a sociedade. "É dever de todos, a partir dos poderes públicos, buscar a redução da violência e o abrandamento possível da criminalidade", afirmou. O movimento reúne, entre outros, representantes do Poder Judiciário, governo do Estado, Assembléia Legislativa, prefeitura de São Luís, Câmara de Vereadores, Ministério Público Estadual, seccional da Ordem dos Advogados do Brasil e Sociedade Maranhense de Defesa dos Direitos Humanos.

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