Campinas confirma 1º caso de dengue hemorrágica

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Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro caso de dengue hemorrágica foi confirmado nesta semana em Campinas. A paciente, uma mulher que contraiu a doença na cidade baiana de Guanambi, passa bem, depois de ter sido medicada no Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A vítima mora no Jardim Santana, na região leste do município. No ano passado, foram confirmados em Campinas 9 casos de dengue hemorrágica e todos evoluíram para a cura. O número de casos de dengue registrados em Campinas caiu 61,4% nos dois primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, em que a cidade enfrentou uma epidemia da doença. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, foram 342 registros em janeiro e fevereiro de 2002 - 276 autóctones (contraídos no município), em janeiro, e 132 em fevereiro, dos quais 89 autóctones. A Secretaria atribui a redução à intensificação do trabalho de combate à doença nos últimos dois anos. Entre as medidas adotadas pela Prefeitura estão visitas de agentes de saúde de casa em casa e diagnósticos precoces. Dos casos confirmados este ano, metade foi identificada na casa dos moradores, pelas equipes de saúde. ?Não conseguimos acabar de uma vez por todas com a dengue. No entanto, estamos conseguindo controlá-la. E é preciso continuar dispensando sempre muito trabalho para manter este controle?, diz a coordenadora da Coordenadoria de Vigilância e Saúde Ambiental, Salma Balista. De acordo com Salma, dez ajudantes de controle ambiental foram contratados nesta semana para atuar na limpeza, colocação de telas em caixas d?água, verificação da presença de larvas, aplicação de larvicida biológico e de inseticida, controle dos pontos de risco e outras atividades de combate à doença. A cidade dispõe de 60 ajudantes de controle ambiental, 500 agentes de saúde e 20 supervisores de dengue, além da infra-estrutura municipal de saúde, em alerta para o surgimento de novos casos. Salma acrescentou que o vírus tipo 3, que apareceu em Campinas na epidemia do ano passado, continua circulando na cidade, como apontam os exames do Instituto Adolfo Lutz divulgados esta semana. De acordo com ela, o vírus 3 pode levar a um quadro mais agressivo da doença, inclusive dengue hemorrágica no caso de pessoas infectadas anteriormente por outros sorotipos.

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