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Candidato critica ''uso político'' do Enem e defende remodelação

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Por Redação
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Em evento com educadores das redes municipal e estadual de São Paulo, o presidenciável José Serra (PSDB) defendeu que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) precisa ser remodelado. E acusou o governo Lula de fazer uso político do sistema de avaliação.A crítica refere-se ao caso do vazamento de dados pessoais de estudantes inscritos no exame. O site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) tornou disponível de maneira indevida as informações, em agosto deste ano."A utilização política propagandista arruinou o Enem, acabou fazendo com que o Enem vire problema para os jovens que tiveram seus dados devassados. Já não se fala nem no uso eleitoral disso, de correspondência enviada com os dados cadastrais do Enem", acusou. Para ele, o Ministério da Educação foi negligente em relação ao sigilo do cadastro dos estudantes. "O governo foi frouxo nesse trabalho."Serra pregou a manutenção do Programa Universidade para Todos (ProUni) e a criação do ProTec, bolsas de estudos para estudantes do ensino técnico. Ele disse que houve queda do número de estudantes formados pelas escolas públicas federais. "Tem que ter um planejamento nessa área."Também defendeu a educação como prioridade de seu governo e disse ser preciso fazer uma união nacional, "acima dos interesses partidários". "Temos de fazer um grande mutirão pela melhoria da qualidade da educação no Brasil", declarou. MEC. Em resposta ao presidenciável tucano, o Ministério da Educação diz em seu site ser "lastimável que o candidato agora se valha de um crime cometido contra o Estado e apurado pela Polícia Federal para partidarizar o debate sobre educação". Também afirma que o assunto é tratado de "forma leviana" por Serra. "O candidato quer acabar com o novo Enem", diz. "Desde 2004, os partidos de oposição, por meio do DEM, tentam junto ao Supremo Tribunal Federal a declaração de inconstitucionalidade do ProUni, que tem o Enem como principal porta de entrada e já beneficiou mais de 700 mil estudantes de baixa renda."

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