Candidato de bolsonaristas fica fora da lista tríplice para presidente da Fiocruz 

Florio Polonini não obteve o mínimo exigido, de 30%; atual presidente foi a mais votada na relação que irá para Bolsonaro

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Por Roberta Jansen
Atualização:

RIO - Apoiado por deputados bolsonaristas, o candidato à presidência da Fiocruz Florio Polonini não obteve os 30% dos votos válidos necessários para entrar na lista tríplice para escolha do novo gestor da instituição. A lista de três nomes a ser enviada ao Palácio do Planalto será encabeçada pela atual presidente da fundação, Nísia Trindade, seguida do coordenador de Vigilância em Saúde, Rivaldo Venâncio, e do vice-presidente, Mário Moreira.

Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro Foto: Fiocruz

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A instituição informou nesta sexta-feira, 20, que Nísia teve 3.784 votos. Com essa votação, ela foi a primeira colocada. Na véspera, a Comissão Eleitoral também anunciara a vitória de Nísia, mas com menos votos: 2.436. Nesta sexta, a Fiocruz corrigiu a informação anterior.

Participaram da votação eletrônica iniciada na terça-feira, 17, e encerrada nesta quinta, 19, 4.460 servidores,91,7% do total de4.847 funcionários. A contagem foi acompanhada por representantes daAcademia Nacional de Medicina, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). 

O resultado será homologado pelo Conselho Deliberativo da Fiocruz no dia 23. Depois, alista tríplice será encaminhadaao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Então, seguirá para o presidente Jair Bolsonaro.

Tradicionalmente, a Presidência respeita a escolha dos servidores e nomeia o mais votado. Mas a palavra final será de Bolsonaro. Ele que pode nomear qualquer um dos três nomes.

A votação na Fiocruz se deu em um momento crucial da história da instituição centenária. Ocorreu em meio a uma pandemia sem precedentes e pouco antes do início da produção em massa de umavacina nova, contra a covid-19.

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