Candidatos discutem Febem e política para jovens

Na troca de acusações, Lula diz que investe em políticas sociais no Estado de São Paulo, enquanto Alckmin diz que governou sozinho

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Por Agencia Estado
Atualização:

A temperatura do debate na TV Bandeirantes entre os candidatos à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) estava bem elevada no terceiro bloco. Os dois candidatos investiram em troca de acusações sobre suas gestões - no Estado de São Paulo e no governo federal. Lula voltou ao tema das CPIs arquivadas em São Paulo e levantou a questão das fugas na Febem, acusando o governo tucano de não ter política para os jovens. Alckmin retomou a história do cartão corporativo e disse que "quando lhe convém, Lula se vale da gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso". O tucano defendeu sua política na Febem, que começou no governo de Mário Covas, afirmando que a reincidência dos jovens diminuiu, mesmo sem ajuda do governo federal. E partiu para o ataque: "O Lula fala como comentarista, como se não tivesse a ver com ele a Febem. Ele cortou dinheiro. Essa foi sua contribuição. São Paulo trabalhou sozinho". Lula afirmou que o ex-governador é bom falador e retrucou dizendo que a Febem não é tratada com o "carinho que merece, é tratada como sistema prisional para castigar a meninada". "Não existe política para os jovens. Quem cuida é o governo federal", acusou. Os dois candidatos também entraram na discussão sobre investimentos na educação. De um lado, Lula diz que fez universidades que o PSDB não fez. E, de outro, Alckmin levantou as conquistas de sua gestão, como a criação de outros campi da Unesp e USP. Alckmin acusou Lula de não ter política para o Nordeste, onde o candidato petista tem seu melhor desempenho na conquista do eleitorado. "Política para o Nordeste não existe. Transposição do São Francisco não existe", acusou.

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