Candidatos mostram idéias usando imagens de debate do SBT

A campanha da coligação "A Força do Povo" mostrou que Lula cresceu de 60 para 62 pontos porcentuais na pesquisa Globo/Ibope

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Por Agencia Estado
Atualização:

O horário eleitoral da noite desta sexta-feira saiu da monotonia para entrar da contraposição de idéias, porque os marqueteiros dos dois candidatos decidiram exibir imagens do debate de quinta-feira à noite, realizado pelo SBT. Além disso, a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, aproveitou para mostrar os bons resultados da última pesquisa. A campanha da coligação "A Força do Povo" mostrou que Lula cresceu de 60 para 62 pontos porcentuais da pesquisa Globo/Ibope do dia 12, para pesquisa do mesmo instituto divulgada no Jornal Nacional de hoje. Geraldo Alckmin (PSDB), da coligação "Por Um Brasil Decente", caiu de 40 para 38 pontos percentuais. Depois vieram as imagens pinçadas do debate, dando ênfase às propostas da área econômica e da área social. Entre elas, a que o candidato exibe a "humildade" de reconhecer que a economia "ainda não está no ápice, como eu queria, mas o País está pronto para crescer". Exibindo trechos do debate, a propaganda situacionista procura dar ênfase ao "crescimento econômico com distribuição de renda e como uma política social". E é reforçada pelo depoimento de governadores da coligação eleitos no primeiro turno, reiterando que é preciso manter Lula no governo em razão de sua "competência e sensibilidade com o social". No final, imagens de crianças, jovens, casais, e idosos, cantando e dançando de braços erguidos o mote da campanha petista: "é Lula de novo, com a força do povo". "Estabilidade não é crescimento" A equipe de Alckmin também pinçou imagens do debate do SBT, trabalhou testemunhos de que o tucano "venceu o debate" porque tinha conhecimento daquilo que falava , enquanto "o outro tinha decorado" as falas. A propaganda do tucano deu ênfase nas falas em que seu candidato abordou "o colapso da Saúde", enfatizou a necessidade de cortes nos gastos públicos e de retomada da ética, além de voltar à questão do crescimento. "Ele está contente com 2% de crescimento da economia. Eu não. É preciso crescer mais", afirma Alckmin no programa que tentou, ainda, num dos "takes" que usou do debate, o apelo à emoção dos telespectadores, quando o candidato recorda sua origem, seu primeiro trabalho para pagar os estudos e o primeiro salário. "É isso que eu quero para o seu filho, para o seu neto", acrescenta Alckmin, falando em oportunidades. Médico, Alckmin diz que "o Brasil está seguindo a receita errada. "Precisa crescer mais", afirma reiterando a necessidade de crescimento. E conclui: "estabilidade não é plano econômico".

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