22 de agosto de 2010 | 00h00
O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, fixou domicílio em São Paulo, mas não abriu mão de um número fácil para tentar mais um mandado como deputado. Ele exibe o 2323.
O pastor Paulo Roberto Freire Costa (PR), de Campinas, registrou a candidatura como Roberto Freire e tem um número parecido com o do ex-senador: 2233.
Ter número fácil de gravar ajuda a eleição. Foi o que levou Antônio Donizete Ferreira, o Toninho, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a escolher o 1616 pelo PSTU.
Márcio Abbud Rodrigues, conhecido médico de Sumaré, conseguiu o número 4444 sem ter experiência política. O PRP apostou no trabalho que o médico desenvolveu na cidade.
Políticos com mais tempo de carreira não gostam de se desfazer dos números usados no início da vida pública, diz o ex-deputado estadual José Crespo, que concorre à Câmara com o 2522. "Nas campanhas para a Assembleia, usei o 25222 e quis manter o mesmo número com um 2 a menos. Quem já usou o número na eleição anterior tem a preferência para continuar com ele."
Quem já foi eleito tenta manter o número da sorte. O deputado Régis de Oliveira (PSC) quer conseguir seu terceiro mandato federal com a força do 2020. Candidato à reeleição, Beto Mansur, do PP, ex-prefeito de Santos, volta a concorrer com o 1144. O ex-secretário da Agricultura em São Paulo, Duarte Nogueira Junior, também quer se manter na Câmara envergando o 4554 pelo PSDB. Três vezes deputado federal, Ricardo Berzoini (PT) segura seu número da sorte, o 1331, para conseguir novo mandato.
Nos partidos menores, fica mais fácil conseguir um número bom, diz o Cacique Darã, que concorre pelo PHS com o número 3131. Sem experiência política, ele foi convidado a se candidatar por exercer influência sobre comunidades indígenas de São Paulo.
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