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Candidatos tentam manter o ''número da sorte''

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

O nome Jurandir Czaczkes Chaves pode não dizer nada para a maioria dos eleitores, mas quem não conhece o humorista Juca Chaves? Ele é mais uma das personalidades garimpadas pelo PR para alavancar votos para a legenda em São Paulo. Juca escolheu o número 2200. Nem precisava de um número bom: sua aparição na propaganda política é inconfundível. Sua assessoria diz que ele não é um estreante na política. Em 2006, lançou-se candidato a senador na Bahia pelo PSDC, mas não se elegeu.O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, fixou domicílio em São Paulo, mas não abriu mão de um número fácil para tentar mais um mandado como deputado. Ele exibe o 2323. O pastor Paulo Roberto Freire Costa (PR), de Campinas, registrou a candidatura como Roberto Freire e tem um número parecido com o do ex-senador: 2233. Ter número fácil de gravar ajuda a eleição. Foi o que levou Antônio Donizete Ferreira, o Toninho, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a escolher o 1616 pelo PSTU. Márcio Abbud Rodrigues, conhecido médico de Sumaré, conseguiu o número 4444 sem ter experiência política. O PRP apostou no trabalho que o médico desenvolveu na cidade.Políticos com mais tempo de carreira não gostam de se desfazer dos números usados no início da vida pública, diz o ex-deputado estadual José Crespo, que concorre à Câmara com o 2522. "Nas campanhas para a Assembleia, usei o 25222 e quis manter o mesmo número com um 2 a menos. Quem já usou o número na eleição anterior tem a preferência para continuar com ele."Quem já foi eleito tenta manter o número da sorte. O deputado Régis de Oliveira (PSC) quer conseguir seu terceiro mandato federal com a força do 2020. Candidato à reeleição, Beto Mansur, do PP, ex-prefeito de Santos, volta a concorrer com o 1144. O ex-secretário da Agricultura em São Paulo, Duarte Nogueira Junior, também quer se manter na Câmara envergando o 4554 pelo PSDB. Três vezes deputado federal, Ricardo Berzoini (PT) segura seu número da sorte, o 1331, para conseguir novo mandato. Nos partidos menores, fica mais fácil conseguir um número bom, diz o Cacique Darã, que concorre pelo PHS com o número 3131. Sem experiência política, ele foi convidado a se candidatar por exercer influência sobre comunidades indígenas de São Paulo.

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