Caos e prejuízos em dois dias de blecaute em Florianópolis

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Por Agencia Estado
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Dois dias de muitos prejuízos. É o que tiveram os comerciantes da Ilha de Florianópolis. Apenas os fornecedores de velas e distribuidores de água têm o que comemorar. Foi o caos com a ausência de energia elétrica e, consequentemente, a falta d?água por mais de 48 horas. Hoje, os hospitais atendiam apenas os casos de muita urgência. Os bancos, supermercados, as escolas e outros órgãos públicos não funcionavam. As poucas notícias vinham através dos jornais locais. Até a telefonia foi afetada. Com a falta de informação, cada um fazia a sua previsão sobre quando tudo teria um fim. E se a situação já causava pânico, ficou ainda pior quando agentes da Vigilância Sanitária resolveram interditar os restaurantes e proibiram a comercialização de alimentos. Com a cidade cheia por causa da realização do Nova Schin Festival WCT Brasil 2003, na Praia da Joaquina, os restaurantes do local se abasteceram, não queriam repetir o acontecimento de 1986, quando a etapa, então organizada pela Hang Loose, atraiu tanto público que os estoques esgotaram-se em dois dias. Desta vez, acabaram levando prejuízo. ?Perdi quatro toneladas de produtos frigoríficos (carne, peixe e frango). Um prejuízo entre R$ 40 e R$ 50 mil?, disse desconsolado Maurílio Nunes Filho, de 27 anos, proprietário dos restaurantes Maurílio I e Maurílio II. Outro setor bastante atingido com o acidente elétrico de Florianópolis foi o hoteleiro. No Joaquina Beach Hotel, os hóspedes tiveram um café da manhã atípico ontem. Nada de frios e poucos pães, tudo por causa da dificuldade de entrega por parte dos fornecedores. No Praia Mole Park Hotel, onde todos os surfistas que disputam o WCT estão hospedados, a situação era semelhante. Para evitar a escuridão total, a direção do hotel adaptou algumas lâmpadas ligadas a uma bateria de carro. O banho quente só foi garantido graças a aquecedores a gás, isso enquanto havia água. A paz na Ilha só começou a chegar no meio da tarde de hoje, e aos poucos. A começar pelo centro, a energia elétrica voltava e a situação era reestabelecida. A caótica situação não foi capaz, contudo, de acabar com o senso de humor de alguns moradores da cidade. ?Pelo menos batemos o recorde de Nova York?, diziam, referindo-se às 12 horas em que a cidade americana parou por causa de um blecaute. Leia mais: Sexta-feira, dia 31: » Caos e prejuízos em dois dias de blecaute em Florianópolis » Energia estará normalizada até 16 horas, é a nova promessa » Mais 72 horas para Florianópolis ter de volta a água » Florianópolis no terceiro dia sem energia Quinta-feira, dia 30: » Fala-se agora em volta da energia até as 21h » Novo prazo para a volta a da luz » Florianópolis permanece sem luz Quarta-feira, dia 29: » Blecaute obriga Florianópolis a decretar ponto facultativo » Blecaute atinge Florianópolis há cinco horas

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