Caos em Pernambuco. Jarbas desiste de esperar ajuda

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Por Agencia Estado
Atualização:

Com 427 quilômetros de rodovias federais, estaduais e municipais destruídos ou danificados pelas chuvas em Pernambuco, isolando cidades e comunidades, o governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) decidiu hoje não esperar pelo governo federal e autorizou o uso de uma ?reserva estratégica? de recursos estaduais (destinada ao 13º salário, por exemplo) para recuperar todos os pontos de estrangulamento na malha rodoviária, inclusive as rodovias federais. O governo estadual já estava bancando a recuperação de trechos da BR-418, que havia deixado ilhados os municípios de Petrolina e Lagoa Grande, no sertão do São Francisco. ?A situação é caótica e não chega dinheiro do governo federal?, afirmou o governador, lembrando que há nove dias enviou relatório detalhado ? atualizado dia-a-dia - ao governo federal com informações sobre os prejuízos e as necessidades do Estado. Ele lembrou que o ministro dos Transportes, Anderson Adauto, prometeu, na visita do presidente Lula a Petrolina, na quarta-feira, autorizar a liberação de verba para bancar os consertos das estradas federais em Pernambuco, mas nenhum tostão foi liberado ainda. O Ministério anunciou R$ 1,5 bilhão para Pernambuco. O Estado estima em R$ 49,5 milhões os estragos relativos à infra-estrutura (estradas, barragens, casas danificadas). O governador falou à imprensa depois de uma reunião com prefeitos de municípios fortemente atingidos pelas enchentes, no Palácio do Campo das Princesas, com a participação dos senadores Sérgio Guerra (PSDB) e Marco Maciel (PFL). Jarbas frisou não estar criticando o governo federal e reconheceu que cestas básicas, remédios e colchões têm chegado constantemente a Pernambuco para o atendimento dos desabrigados e desalojados. Pernambuco está com mais de 12 mil desabrigados e 28 pessoas morreram em decorrência das chuvas, que destruíram mais de 700 casas e danificaram quase 2 mil. Governador decretou estado de emergência em todo o Estado. Trinta municípios decretaram emergência e outros sete estão em estado de calamidade pública. As aulas nas escolas estaduais foram adiadas por 15 dias em 66 municípios, tendo início no dia 26 de fevereiro, porque ou os prédios estão sendo usados como abrigos, ou estão danificados ou os estudantes não têm acesso, ilhados pelas águas.

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