VATICANO - O cardeal australiano George Pell, ministro de Finanças do Vaticano, disse nesta quinta-feira, 29, que está "disposto a comparecer" à Justiça e negou as acusações de pedofilia apresentadas contra ele.
A polícia do estado de Victoria, na Austrália, acusou o cardeal, o máximo representante da Igreja Católica do país, por supostos crimes de pedofilia, e o intimou a comparecer diante de um tribunal em 18 de julho.
Em um comparecimento à imprensa no qual não foram permitidas perguntas, o cardeal de 76 anos explicou que o papa lhe concedeu uma licença para retornar a seu país e colaborar com a Justiça para "limpar" seu nome e "retornar a Roma" para seguir nas funções do cargo.
Pell rejeitou "totalmente" as acusações e afirmou que durante o período de investigações foi "completamente claro" ao defender sua inocência.
A Santa Sé emitiu um comunicado em que aponta "descontentamento" ao receber a acusação contra o cardeal e expressa seu respeito pela Justiça australiana. Apesar disso, recorda que Pell "vem condenando repetidamente" os casos de abusos sexuais.
Em um comunicado, o Vaticano lembrou que Pell negou as acusações e que sua ida depende de sua saúde. "O cardeal Pell retornará à Austrália, assim que possível, para limpar seu nome, seguindo o conselho e a aprovação de seus médicos", segundo o comunicado.
Pell é suspeito de ter abusado sexualmente de menores quando era sacerdote na cidade de Ballarat, entre 1976 e 1980, e quando foi arcebispo de Melbourne, entre 1996 e 2001. / EFE