Cardozo pode tentar reeleição na Câmara

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Câmara Municipal, José Eduardo Martins Cardozo (PT), disse nesta segunda-feira à Agência Estado que não descarta a hipótese de concorrer à reeleição. A informação vai na contramão das articulações feitas na Casa para indicar seu sucessor. "Estou avaliando a possibilidade de reeleição, mas vou esperar a decisão da bancada", disse. A decisão, que ainda não foi comunicada nem à bancada do PT na Casa ou aos partidos aliados do governo deve motivar um certo "tumulto", já que o nome do vereador José Mentor (PT), líder do governo na Câmara, anda nas conversas de corredores do Palácio Anchieta. Dentro do partido há quem dê apoio irrestrito a Cardozo - entre eles, vereadores insatisfeitos com a atuação de Mentor - e quem acredite que Cardozo manteria a independência em relação ao Palácio das Indústrias, sede do Executivo. Entretanto, do outro lado, há vereadores que não gostaram das mudanças e cortes na Casa promovidos pelo presidente e, numa eventual eleição, lhe negariam apoio. Cardozo ainda articula uma possível campanha ao Senado, na qual possivelmente enfrentaria dificuldades com a Executiva Nacional do PT. "Ainda é muito cedo para falar disso", desconversa o vereador. Cardozo defende que as reformas dentro da Câmara continuem. Já Mentor, em entrevista anterior ao Estado, disse que a próxima gestão deve continuar as reformas, mas defende que alguns setores da Casa, em vez de reduzidos, tenham seus quadros aumentados. Outro nome aventado para o lugar de Mentor é Arselino Tatto, que também é afinado com o Palácio das Indústrias. O vereador Alcides Amazona (PC do B) teve seu primeiro projeto de lei aprovado, em segunda votação, garantindo trabalho para 22 mil cobradores de ônibus da cidade. Ele obriga empresas que têm ônibus com catracas eletrônicas a contratar cobrador. O projeto, intitulado Sistema de Orientação e Auxílio aos Usuários de Transporte Coletivo de São Paulo, foi aprovado na quinta-feira e agora segue para o Palácio das Indústrias, para ser sancionado pela prefeita Marta Suplicy (PT). Segundo o vereador, há dois anos, após a implantação parcial das catracas eletrônicas nos ônibus da cidade, os empresários decidiram que iriam reduzir custos, demitindo os cobradores. "Mas com a catraca eletrônica aumentou a violência dentro dos ônibus e a evasão de renda chegou a 70%", disse o vereador. "As pessoas entravam nos ônibus e não pagavam a passagem." Hoje a frota do município é de 10.400 ônibus, destes, cerca de 30% têm catracas eletrônicas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.