Cariocas fazem caminhada contra violência

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Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 500 pessoas participaram de uma caminhada contra a violência na manhã deste domingo em tributo ao jornalista Tim Lopes, assassinado por traficantes quando fazia uma reportagem contra eles. A manifestação foi realizada na Praça Saens Pena, no bairro da Tijuca, zona norte do Rio, e contou com muitos parentes e amigos de vítimas, que rezaram o pai-nosso e cantaram o hino nacional. A psicóloga Regina Célia da Rocha Maia, cujo filho, Márcio Antônio Maia, foi morto em 1995 por um policial militar que o confundiu com um seqüestrador recebeu um pedido de desculpas oficial do governo do Estado, ainda no governo Marcello Alencar, mas o policial nunca foi punido. "A violência está crescendo de forma descomunal por causa da impunidade", diz. "Meu filho morreu há seis anos, e até hoje não fui chamada para depor", afirma. Os jornalistas do Rio, que promoveram o evento, divulgaram nota em que denunciam que, no Estado do Rio, "há décadas, o crime domina grandes faixas geográficas - geralmente onde está a população mais carente - graças à omissão dos Poderes Públicos, quando não à conivência destes mesmos poderes, que se deixam corromper pela facilidade do dinheiro". Os organizadores da manifestação defendem na nota que "os poderes constituídos pelo voto façam prevalecer as leis e as regras da civilidade, extingüindo de nossa sociedade aqueles poderes que se constituíram única e exclusivamente pela força do dinheiro e de armas, com os quais subjugam grande parte de nossa população".

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