PUBLICIDADE

Carro emperrado pode prejudicar nota da Imperatriz

Escola mostra a quantidade de mulheres chamadas Maria na vida de d. João VI: mãe, nora, neta, entre outras

Por Roberta Pennafort - O Estado de S. Paulo
Atualização:

Apesar de apresentar um lindo desfile, repleto de fantasias e alegorias de bom gosto e com acabamento impecável - assinatura da carnavalesca veterana Rosa Magalhães -, a Imperatriz não conseguiu levantar o público da Sapucaí com seu enredo "João e Marias", mais um que homenageou os 200 anos da vinda de d. João VI e a corte portuguesa ao Brasil. A agremiação enfrentou alguns problemas: um integrante da comissão de frente caiu e precisou de ajuda para continuar a apresentação. O quinto carro, que representava a chegada de d. João ao Rio, emperrou logo no início do desfile e causou um buraco. Integrantes ficaram desesperados e houve correria.   As imagens do desfile  Tudo sobre as escolas do Rio e os sambas  Mangueira e Viradouro empolgam a Sapucaí no 1º dia Saiba como foram os desfiles no Rio no primeiro dia Qual escola de samba será campeã no Rio?  Veja as melhores imagens dos desfiles em SP Qual escola de samba será campeã em SP?  As melhores imagens do Carnaval pelo Brasil  Veja a comemoração do carnaval pelo mundo   As arquibancadas e os camarotes só se mobilizaram para saudar Luiza Brunet, a rainha das rainhas, que voltou à Passarela do Samba após dois anos de afastamento. Rosa foi movida pela grande quantidade de Marias na vida de d. João VI. A começar por Dona Maria I, a Louca, sua mãe, passando por Maria Leopoldina Carolina, que casou-se com seu filho, d. Pedro, e a tia desta, Maria Antonieta. A primeira parte do desfile enfocou a vida nababesca da rainha francesa: os banquetes, os serviçais, os vestidos... Mais à frente, o foco voltou-se a Portugal, com Dona Maria I, a fuga para o Brasil, as damas de companhia. O Rio Tejo e os azulejos portugueses e, em seguida, a chegada ao Rio de Janeiro foram retratados em carros e roupas bem elaboradas. Por fim, a Imperatriz voltou-se ao seu berço, a área da Leopoldina (na zona norte do Rio), às suas cores, verde e branco, e à sua coroa, símbolo-maior da agremiação. O corte no número de alas comerciais e a distribuição de fantasias para a comunidade surtiram o efeito esperado: a Imperatriz desfilou mais enxuta, com integrantes bem empolgados e o samba - reconhecido como um dos mais bonitos deste carnaval - na ponta da língua. "Foi um erro de anos anteriores que consertamos", explicou o diretor de carnaval, Wagner Araújo. Impecável foi Luiza Brunet. Magérrima, sem meia-calça e sem celulite, ela usou um biquini revelador, como há muito não vestia. A modelo fechou o desfile de alma lavada, garantindo que voltou "pra valer." "Foi um carnaval maravilhoso. Demos sorte porque não choveu", disse Luiza, na dispersão. "Matei a saudade; não parei um minuto!", ela contou, cercada por inúmeros fotógrafos, cinegrafistas, repórteres e populares, que tentavam fotografá-la e cumprimentá-la. Já na concentração, a modelo se dizia bastante emocionada. Com lágrimas nos olhos, lembrou que o momento é único, já que marca não só seu retorno à escola, mas a primeira vez que desfila sem a "escolta" do marido, Armando Hernandez. "São muitas emoções juntas. O Armando sempre veio comigo, mas estamos separados temporariamente", disse a rainha, que brilha na Sapucaí há 24 carnavais.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.