Casal é encontrado morto no interior de São Paulo

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Por Agencia Estado
Atualização:

Um casal foi encontrado morto, em casa, em Ribeirão Preto, a 310 quilômetros de São Paulo, na manhã de hoje, com características de execução. A polícia investiga outros casos de homicídio semelhantes. No duplo homicídio de hoje, Luís Carlos Amaral, de 29 anos, foi executado com um tiro na cabeça, na cama, e a mulher Lucinéia de Lourdes Marfim, de 30, levou três tiros. A filha adotiva, de 2 anos, nada sofreu. Na casa, a polícia encontrou R$ 161,00, cápsulas deflagradas (não usadas no crime) e papelotes de maconha. Os delegados que estiveram no local disseram que suspeitam de execução, mas aguardam laudo da perícia técnica. A Polícia Civil não acredita na possibilidade de um grupo de extermínio estar agindo na região. "Acho que as mortes ocorreram devido às brigas entre gente que vive exclusivamente do crime", disse o delegado seccional José Manuel de Oliveira. Para ele os boatos de grupos de extermínio são infundados. "Vamos investigar e descobrir os autores desses crimes para provar que não há participação de policiais", disse. Oliveira acredita que os crimes - já são mais de 130 mortes violentas em 2002 - estão ocorrendo, principalmente, por causa de brigas pelo controle de drogas. O major Antonio Aparecido Arcêncio informou que a PM investigará as denúncias, desde que haja denúncia como ponto de partida. "Uma mãe, que perdeu três filhos, comentou que poderia haver uma lista de pessoas que seriam mortas, mas sem algumas informações nem sabemos o que procurar, o caso fica vago", disse Arcêncio. O promotor criminal Luiz Henrique Pacini Costa disse que as apurações do MP serão encaminhadas à Secretaria de Segurança Pública, que poderá tomar providências em caso de suspeição de envolvimento de policiais nos crimes. O promotor Djalma Marinho Cunha Filho aguarda as investigações para analisar se os crimes têm ligações. Mas o MP não formará uma comissão para investigar se existem grupos de extermínios. "Não sabemos se existe isso aqui", diz Cunha Filho. Há uma semana, cinco jovens - dois num local e três em outro - foram mortos com tiros na cabeça. Na madrugada de sábado, outras seis mortes, com as mesmas características. Quatro vítimas tinham ligação entre si. Uma garota e seu namorado foram mortos na casa dela.

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