Casarão da Marquesa de Santos pode ruir em Sorocaba

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Por Agencia Estado
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Está ameaçado de cair o casarão onde residiu Domitila de Castro, a Marquesa de Santos, em Sorocaba, cem quilômetros a oeste de São Paulo. O prédio, do século 19, construído em taipa-de-pilão, guarda o acervo do Museu Histórico Sorocabano, mas está interditado há dois anos. Durante esse período o museu também ficou fechado. Na época, uma vistoria técnica constatou que a estrutura de sustentação do telhado estava comprometida. Como havia risco de incêndio porque a fiação elétrica também estava deteriorada, foi cortado o fornecimento de energia. Na atual temporada de chuvas, as condições do casarão se agravaram. Algumas paredes estufaram por causa da infiltração. As goteiras caem no forro e vazam sobre o acervo. O presidente do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba, Adilson Cezar, vê risco de desabamento do imóvel. Uma comissão do Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico fará uma vistoria no imóvel esta semana. O casarão é um dos poucos remanescentes da arquitetura bandeirantista na região. O acervo do museu inclui peças representativas de todos os períodos que contribuíram para a formação da base cultural sorocabana, da pré-histórica à fase industrial. Uma das salas guarda peças de pedra e cerâmicas feitas pelos índios que habitaram a região, entre elas vários vasos mortuários conhecidos como igaçabas praticamente intactos. Documentos orginais do arquivo municipal, como as atas da Câmara, e coleções de fotos antigas também estão estocadas no imóvel. A prefeitura informou ter elaborado um projeto para o restauro do casarão e a dinamização do museu. O plano será anunciado nos próximos dias pelo prefeito Renato Amary (PSDB).

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