
13 de março de 2019 | 08h24
RIO - A Polícia Civil e o Ministério Público do estado do Rio de Janeiro cumprem nesta manhã 16 mandados de busca e apreensão – de um total de 32 expedidos ontem, na Operação Lume, parte das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes.
A ação complementar à Operação Lume, deflagrada nesta terça-feira, 12, busca apreender eventuais documentos, mídias eletrônicas, celulares, armas e munições de pessoas identificadas na investigação por ligação com os denunciados Ronnie Lessa e Elcio Vieira de Queiroz.
Entre os endereços visitados pela polícia estariam os de um bombeiro e de outros dois policiais militares. Ainda segundo a emissora, até as 10h, pelo menos quatro pessoas tinha chegado à Delegacia de Homicídios e estariam prestando depoimento.
A Operação Lume foi deflagrada na madrugada de terça-feira, com a prisão do PM reformado Ronnie Lessa, que teria sido responsável pelos disparos que mataram Marielle e Anderson, e do ex-PM Élcio Queiroz, que teria dirigido o carro do assassino no dia do crime. Os dois devem ser transferidos ainda hoje para o Complexo Penitenciário de Bangu. As defesas dos dois acusados negam a participação no crime.
Nem a polícia nem o Ministério Público, no entanto, apontaram as razões do crime ou os mandantes.
Nesta quinta-feira, 14, completa-se um ano da morte da vereadora e de seu motorista. Na manhã desta quarta, a Anistia Internacional organizou um evento público em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do Estado, para cobrar o esclarecimento do crime. Estava previsto para às 16h um encontro com o governador Wilson Witzel, que receberia da ONG 778 mil assinaturas (colhidas em 46 países dos cinco continentes) pedindo justiça para o assassinato.
Nesta terça-feira, uma operação conjunta do MPRJ e da Polícia Civil prendeu o PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz.
Segundo o MP, Lessa é o autor dos disparos de arma de fogo que mataram Marielle e Anderson. Já Elcio é apontado como o motorista do veículo Chevrolet Cobalt usado no crime. Os dois foram denunciados por homicídio qualificado e por tentativa de homicídio de uma assessora da vereadora que estava dentro do carro. Os advogados de Ronnie Lessa e Elcio Vieira de Queiroz negaram o envolvimento de seus clientes no caso. Os dois devem ser transferidos ainda hoje para unidades prisionais.
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