Caso Richthofen: Promotores prometem revelação bombástica

Segundo o promotor Nadir Campos Júnior, a novidade vai alterar a situação de um dos réus e será apresentada após o interrogatório das últimas testemunhas

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Por Agencia Estado
Atualização:

O promotor Nadir Campos Júnior prometeu uma revelação bombástica que poderá criar dificuldades para a defesa, ainda na sessão desta quarta-feira, 19, do julgamento de Suzane von Richthofen e dos irmãos Daniel e Christian Cravinhos, réus confessos do assassinato dos pais dela. Segundo o promotor, a novidade vai alterar a situação de um dos réus e será apresentada após o interrogatório das últimas testemunhas (Ouça ao lado entrevista do promotor à Eldorado AM). Campos Júnior também disse que classificou como importantes os depoimentos desta quarta-feira no Fórum Criminal da Barra Funda. Após o depoimento de Cláudia Sorge, amiga de Marísia, começou a dar seu relato a sétima testemunha desta quarta-feira, Marisol Nunes Ortega, agente da Penitenciária Feminina da Capital, onde Suzane ficou presa. Em depoimento de quase uma hora, que não acrescentou detalhes ao processo, Cláudia Sorge, amiga e ex-paciente de Marísia von Richthofen, disse que o namoro da jovem com Daniel Cravinhos incomodava a mãe da garota. Ela disse que Marísia ficou feliz quando soube que os dois teriam rompido o namoro. Cláudia Suzane no início de 2001 e também foi apresentada ao então namorado da jovem, Daniel. testemunha diz que a mãe não aprovava o namoro do casal Questionada pelo assistente de acusação Alberto Zacarias Moron se Manfred e Marísia bebiam, como disse a mãe dos Cravinhos em seu depoimento, ela disse que sim, mas moderadamente. Antes de Cláudia, quem depôs foi Fernanda Soel Kitahara, colega de faculdade de Suzane. A testemunha desmentiu o depoimento de Andreas, dizendo que a arma encontrada no ursinho de pelúcia da amiga era do irmão da ré. Fernanda também disse que Suzane contou-lhe ter perdido a virgindade com Daniel Cravinhos, como disse a jovem em seu depoimento. Acareação Ainda estão previstas outras duas testemunhas. Apenas depois desses relatos será decidido se haverá ou não acareação entre Suzane e Daniel, para esclarecer pontos divergentes nas versões apresentadas. A promotoria alega que a acareação não será necessária, pois as contradições foram esclarecidas nos depoimentos das testemunhas. Caso a acareação não aconteça, o julgamento poderá ser agilizado em pelo menos 5 horas, afirma o MP. Por estes cálculos, a sentença seria proferida na quinta-feira à noite. Caso contrário, o julgamento terminaria somente na sexta-feira. Contradições Em seus interrogatórios, Daniel, Christian e Suzane entraram em contradição. Daniel Cravinhos inocentou seu irmão, Christian, dizendo que matou sozinho o casal Richthofen. Christian repetiu a versão do irmão, dizendo que apenas confessou o crime para protegê-lo. Suzane, por outro lado, se defendeu das acusações de Daniel, segundo quem ela teria fumado maconha antes de conhecê-lo e não era mais virgem. Suzane rebateu as declarações, dizendo que apenas conheceu as drogas após começar o namoro com Daniel. Crime Suzane, seu ex-namorado Daniel e o irmão dele, Christian, confessaram ter planejado e matado os pais dela, Marísia e Manfred von Richthofen, a golpes de barra de ferro, na casa em que a família vivia, em outubro de 2002. Os três foram denunciados pelo Ministério Público por crime de duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas.

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