Ao final de uma megaoperação da Polícia Civil no Morro da Mangueira, o carro blindado da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil provocou uma tragédia ao perder o freio em um dos acessos da favela conhecido como "Buraco Quente". O veículo atropelou ao menos quatro moradores e um policial, além de danificar outros dois carros da Polícia Militar. Segundo os policiais que prestaram os primeiros socorros, as vítimas foram levadas para o Hospital Souza Aguiar, mas a Secretaria Municipal de Saúde revelou que ainda não tem informações sobre o estado de saúde dos pacientes. O clima ficou tenso no Morro e os policiais, para tentar controlar a situação, tiveram que disparar tiros para o alto. Após perder o controle do veículo, o motorista do carro blindado, também conhecido como "Caveirão", bateu em duas viaturas policiais sendo que uma entrou em um bar e feriu uma mulher. A outra, uma Picape D-20, arremessou três pessoas contra uma parede. Depois das duas operações em que não conseguiram cumprir nenhum mandado de prisão, uma no Complexo de Favelas do São Carlos e outra no Morro da Mangueira, cerca de 150 agentes da Polícia Civil se preparavam para deixar o morro quando aconteceu o acidente. Moradores e policiais trocaram ofensas após o socorro às vítimas. O policiamento foi reforçado nos acessos à Mangueira para evitar protestos. O presidente da Associação dos Moradores da Mangueira, Joelzer Avelar Pimenta, reclamou que o "Caveirão", sempre sobe e desce a favela em alta velocidade. Já o delegado-titular da Core, Rodrigo Oliveira, disse que o acidente foi provocado por uma falha nos freios do veículo. Os carros blindados da Polícia já foram alvo de críticas por ONGs, da Anistia Internacional e das Nações Unidas, por serem considerados máquinas de guerra. Atualizado às 16h05