CDP de Osasco adere à megarrebelião

Motim foi controlado em Avaré e em Guareí. Com isso, são 21 as penitenciárias rebeladas. Megarrebelião só perde para 2001, quando 29 penitenciárias se rebelaram ao mesmo tempo

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Os presos do Centro de Detenção Provisória (CDP) I de Osasco, na Grande São Paulo, também se rebelaram no início da tarde deste sábado, 13. Os presos tomaram o pavilhão e mantêm dois agentes penitenciários reféns. O CDP trem capacidade para 768 presos mas abriga atualmente 1.333 detentos. De acordo com primeiras informações da equipe do helicóptero Águia, da Polícia Militar, uma tentativa de fuga frustrada teria ocorrido por volta das 13 horas. Já a rebelião na Penitenciária II de Avaré, no interior de São Paulo, que começou no início da tarde deste sábado, 13, foi controlada, segundo informou a Secretaria de Administração Penitenciária. O agente penitenciário que era mantido refém foi liberado por volta das 15h30 e não há registros sobre feridos. Em Guareí, os detentos da Penitenciária I se renderam por volta das 16h30, após negociações com a direção do presídio. Eles reivindicavam a retirada da Tropa de Choque da Polícia Militar. Os oito agentes penitenciários mantidos reféns foram libertados. Não há registros de feridos. A penitenciária abriga atualmente 879 detentos, mas tem capacidade para 768 presos. Com isso, são 21 penitenciárias rebeladas em todo o Estado de São Paulo, penitenciária paulistas estão rebeladas, em ação coordenada pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Esta é a segunda maior ocorrência de rebeliões simultâneas na história do Estado. Em fevereiro de 2001, 29 penitenciárias participaram de motins organizados pelo PCC. O movimento deixou pelo menos 16 presos mortos e teve a participação de 25% dos 94 mil detentos do Estado. Plano Em entrevista coletiva neste sábado, o governador de São Paulo, Claudio Lembo, afirmou que sabia, desde a noite de quinta-feira, que os criminosos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) planejavam ataques e várias medidas foram tomadas, o que teria evitado um número maior de mortos. Ao todo foram 55 ações, entre a noite de sexta-feira e manhã de sábado em todo o Estado, contra bases, veículos e policiais da Polícia Militar, Polícia Civil, Guardas Civis e da Administração Penitenciária, que resultaram em 30 mortes. Iaras A rebelião da Penitenciária Orlando Brando Filinto, em Iaras, no interior de São Paulo, foi controlada nesta tarde, segundo informou a Secretaria de Administração Penitenciária. Além de Osasco, presos das unidades de Ribeirão Preto, Pirajuí, Araraquara, Flórida Paulista, Lucélia, Lavínia, Mogi das Cruzes, Suzano, Marabá Paulista, Campinas, Diadema, Franco da Rocha, Riolândia, Potin, Itirapina, Presidente Prudente, Irapuru, São José do Rio Preto e Paraguaçu Paulista estão rebelados. Em Lavínia, duas penitenciárias estão rebeladas. Ataques Os 55 ataques a delegacias e policiais do Estado de São Paulo organizados pela facção entre a noite de sexta-feira, 12, e a manhã deste sábado, deixaram pelo menos 30 mortos, sendo dois civis, segundo balanço parcial divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do Estado. Desses ataques, 28 foram feitos contra a Polícia Militar, 20 contra a Polícia Civil, quatro deles contra a Guarda Civil Metropolitana e três ataques contra a Secretaria de Segurança Pública. Das 30 pessoas assassinadas, onze eram policiais militares, cinco da Polícia Civil, três eram da GCM, quatro agentes penitenciários e dois eram civis e cinco eram bandidos. Dezesseis pessoas foram presas. Este texto foi atualizado às 16h58.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.