A ação de grupos de intolerância, como white powers e skinheads, está sendo investigada pela polícia no caso da morte do chefe de cozinha Marcelo de Campos Barros, de 35 anos, espancado no domingo após a Parada Gay. Barros morreu anteontem na Santa Casa de São Paulo. O celular dele foi roubado e teria sido revendido na feira do Brás, na zona leste da cidade. Investigadores já sabem que uma dessas gangues, cujo nome não foi divulgado, esteve na festa. Para o delegado Aldo Galiano, titular da Seccional Centro, ainda não há provas de que se trata de um crime de intolerância. "É preciso bastante cautela. Acreditamos 50% em roubo e 50% em intolerância", diz. Segundo o delegado, o que reforça a tese de roubo é que o telefone celular da vítima foi vendido a uma pessoa e o chip do aparelho a outra. A polícia descobriu que a pessoa que comprou o celular do rapaz morto o fez na feira do Largo da Concórdia, no Brás. "Pedimos ao juiz a quebra do sigilo telefônico para ajudar." Hoje, às 18h, haverá uma manifestação em memória de Barros, na Rua Aspicuelta,na Vila Madalena, zona oeste.