Cem caçambas foram furtadas em 2008

Prefeitura estuda instalação de chips nos equipamentos regulares

PUBLICIDADE

Por Marici Capitelli
Atualização:

Elas pesam em torno de 500 quilos quando vazias e até 5 mil quilos quando lotadas, mas, mesmo assim, são furtadas. No ano passado, cerca de cem caçambas regulares que estavam nas ruas desapareceram. Só em dezembro, foram 26 e em novembro, 14. Para o Sindicato das Empresas Removedoras de Entulho do Estado de São Paulo (Sieresp), os clandestinos furtam os equipamentos, que custam em torno de R$ 2 mil cada. "Tanto faz se estão vazias ou cheias, eles pegam as caçambas. Se estiverem cheias, jogam o entulho na rua e depois lixam o nome da empresa. O dono dificilmente consegue recuperar", afirma o presidente da entidade, Clodoaldo José da Silva. Os furtos ocorrem nas madrugadas. A dificuldade de se localizar as caçambas furtadas, afirma Silva, ocorre pelo fato de a cidade ter cerca de 15 mil delas em suas ruas. "Mesmo quando você consegue descobrir onde a caçamba está, é difícil provar que ela é sua. Só a nota fiscal não serve como prova", afirma. Silva diz que a maioria das vítimas nem faz boletim de ocorrência. Em dez anos, a sua empresa teve 38 caçambas furtadas e só conseguiu recuperar duas. IDENTIFICAÇÃO As caçambas não têm identificação como os chassis dos carros. De acordo com Silva, as empresas já procuraram os fabricantes para pedir que as caçambas tivessem algum tipo de identificação, mas a ideia foi inviabilizada pelo custo. Uma caçamba custa hoje R$ 2 mil. Se tivesse um dispositivo de segurança, o preço duplicaria. Para o sindicato, isso seria inviável para as aproximadamente 360 empresas legalizadas da cidade. "Continuamos estudando alguns mecanismos para evitar os furtos, que nos trazem tantos transtornos", afirmou Silva. A Prefeitura estuda a colocação de chips nos equipamentos. À espera da tecnologia, alguns donos de caçambas recorrem a furos em pontos estratégicos para identificar seus equipamentos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.