PUBLICIDADE

Central clandestina de TV a cabo é descoberta no Rio

No local foram apreendidos 88 bobinas de cabos, com 305 metros cada, antenas de TV por satélite e cheques; três pessoas foram presas

Por Agencia Estado
Atualização:

Ao desbaratar na manhã desta quinta-feira, 1º, uma central clandestina de TV a cabo, o delegado Carlos Augusto Nogueira Pinto, da 16ª DP, na Barra da Tijuca, Rio, acabou descobrindo um esquema de fraude envolvendo sete empresas com 13 sócios. Todas estas empresas são ligadas ao setor de telecomunicações, rede de telefonia, circuitos eletrônicos, entre outras. Entre os donos da empresa CDT Comércio de Material de Telecomunicações está o ex-soldado da Polícia Militar, José Luiz Silva dos Santos. A central funcionava em uma casa de três andares, oito cômodos e uma piscina, na estrada do Gabinal, no bairro de Jacarepaguá, zona oeste da cidade. Foram presas três pessoas, entre elas Júlio Cezar Lins de Andrade, que é sócio de quatro destas empresas. Os presos responderão pelos crimes de formação de quadrilha, furto de energia, porte de armas brancas (foram encontradas uma espada ninja e facas) e porte de munição (havia cerca de 300 cartuchos calibres 38 e 40). Os outros presos, Ronny Peterson de Oliveira Santos da Silva, de 29 anos, e Renato da Silva Alves de Santana, de 31, aparentam ser empregados da firma. Nenhum deles aparece entre os sócios das empresas. Ronny, segundo a polícia, já teve condenação por envolvimento com drogas, tendo cumprido a pena. Oficialmente, a casa foi alugada há pelo menos dois anos para a CDT. Sua dona, uma aposentada, achava que o imóvel estava servindo a um curso de informática. O delegado Carlos Augusto chegou à central clandestina por meio de uma denúncia anônima. Entre as informações, constava que esta central seria comandada pelo policial civil Félix dos Santos Tostes, assassinado na semana passada, que é apontado como chefe da milícia na Favela Rio das Pedras. Mas ele ainda não conseguiu nada que confirmasse isto. Na casa foram apreendidos 88 bobinas de cabos de TV, com 305 metros cada. Elas foram compradas pela empresa Jormamil Sart Telecomunicações Ltda, que fica oficialmente em outro endereço. Mas era ali que estavam também os diversos títulos de protestos contra a Jormamil por falta de pagamento. Foram encontrados outros equipamentos utilizados para TVs a Cabo, antenas de TV por satélite, muitos cheques e alguns blocos de notas fiscais das empresas CDT Telecomunicações e Lins Telecomunicações Ltda.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.