Cesar Maia faz projeção para debate desta quinta no SBT

Prefeito do Rio espera "caras e bocas" de Lula e sugere a Alckmin que apresente alguma "bomba" que amplie a importância do debate

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Por Agencia Estado
Atualização:

O prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), que faz parte da coligação que apóia a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que o presidente e candidato petista à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva vai ao debate desta quarta-feira no SBT "tocar um realejo, fazer caras, bocas e mãos, que aparentem tranqüilidade e superioridade". Já na avaliação sobre o desempenho de Alckmin, Maia disse que o tucano terá que ter um furo para anunciar na TV, "para conseguir que o debate dure mais de 48 horas". Em seu "Ex-Blog", boletim de análise política, o prefeito do Rio de Janeiro projetou os dois possíveis desempenhos no debate que acontece no SBT hoje, a partir das 21h, mediado pela jornalista da emissora Ana Paula Padrão. Maia alfinetou o petista ao dizer que Alckmin deverá ter roteiro de desempenho parecido com o que teve na Bandeirantes ("onde foi o vencedor"), "com algumas pegadinhas para mostrar o despreparo de Lula". E disse ainda: "Quando atacado (Lula) vai dizer que Geraldo não tem propostas. E vai fazer do debate um capítulo a mais de seu programa - bem sucedido - na TV". O pefelista ironizou um "possível" conteúdo do programa eleitoral de Lula após o debate de hoje: "Fiz e aconteci (no debate) e adoro os pobres que me adoram também". Maia complementou afirmando que "(Lula) vai dar pegadinhas sobre privatizações tentando desviar o tema do debate e incomodando o Geraldo". Sobre Alckmin, o prefeito do Rio de Janeiro ressaltou que o tucano "só tem um caminho para conseguir que o debate dure mais de 48 horas: ter um furo para anunciar na TV". A solução vista por Maia é baseada em especulações no mercado financeiro de mais revelações sobre o caso "Dossiê", acentuada pela matéria da última edição da revista Veja que diz que o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, se aproveitou do cargo para fazer uma "blindagem" do governo petista. "No mercado financeiro as especulações sobre matéria em revista de final de semana abrindo responsabilidades no caso "dossiê", eram muito grandes", declarou em seu Ex-Blog. Segundo Maia, as especulações do mercado revelaram que o Ministério da Justiça deverá abrir ainda mais espaço para descobrir de onde veio o dinheiro para compra do dossiê - R$ 1,7 milhão -, dizendo que "as portas do Ministério da Justição serão ´arrombadas´". O pefelista ressaltou ainda que durante toda a campanha de Alckmin deveria ter sido usado a desconstrução da imagem de Lula e de seu governo. "Não será com os mesmos fatos e argumentos que (a campanha de Lula) será atingida agora. Só fatos novos e contundentes poderão produzir, num desdobramento pela mídia, impacto eleitoral".

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