Cetesb avalia prejuízos causados pelo vazamento de gás

Órgão vai analisar os relatórios do acidente com caminhão que transportava gás butil mercaptano e tombou, espalhando gás pela cidade

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) pode multar em até R$ 140 mil a empresa Acimex, responsável pelo caminhão que transportava gás butil mercaptano que tombou na sexta-feira, 23, na Marginal do Pinheiros, zona sul. Segundo a Assessoria de Imprensa da Cetesb, a diretoria de Controle do órgão vai analisar na próxima semana os relatórios do acidente deixados pela equipe que atendeu a emergência, a fim de calcular os prejuízos ao meio ambiente e os transtornos causados à população. A multa máxima prevista pela Cetesb em um acidente desse tipo é de até 10 mil Ufesps, cerca de R$ 140 mil. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) multou a empresa na sexta-feira em R$ 127. O caminhão, que transportava produtos químicos explosivos, perdeu o controle e derrubou a carga, espalhando um forte cheiro de gás pelas regiões sul e oeste da cidade. Dois cilindros vazaram por uma hora e meia até o gás ser contido por bombeiros e pela Cetesb. Apesar de o gás não ser tóxico, a pista expressa da Marginal ficou interditada por mais de 3 horas, pois havia risco de explosão. A CET, por meio de sua Assessoria de Comunicação, diz que não há mais nenhuma medida a ser tomada com relação ao acidente. E que medidas cautelares devem partir agora do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), que deve fiscalizar melhor os veículos que realizam esse tipo de transporte. A Assessoria de Imprensa do Detran ainda não se pronunciou a respeito. Radicalizar Hoje, durante uma visita à Casa de Cultura do Butantã, o prefeito Gilberto Kassab (PFL) afirmou que pretende radicalizar a fiscalização e legislação do transporte de cargas perigosas. Ele avalia que, por enquanto, a melhor alternativa é a escolta dos caminhões, seja com carros da CET ou PM. Mas não abre mão de repassar a conta do serviço para as transportadoras. "Eu tenho uma alternativa: se eles não arcarem com os custos, não vão poder entrar na cidade", afirmou o prefeito. Ele disse que, nos próximos dias, a CET vai concluir um estudo feito em conjunto com as Secretarias de Transporte e de Habitação e o Contru. "Precisamos aperfeiçoar e ser muito radicais no controle e fiscalização dos veículos que entram na cidade", disse o prefeito. "Foi um dia muito árduo. Esperamos cada vez mais criar condições que possam prevenir estes acidentes."

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