CGE prevê temporais em SP com três dias de antecedência

Central conta com 22 estações de monitoramento

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Por Edison Veiga e SÃO PAULO
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É em uma sala na Rua Bela Cintra, ao lado da central da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que funciona o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da cidade. Ali trabalham um meteorologista e um técnico em meteorologia, dois engenheiros civis, um técnico de informática e três assessores de imprensa. "Monitoramos constantemente as condições climáticas de São Paulo. Três dias antes de uma chuva forte, as autoridades já são informadas e podem se planejar para evitar o pior", garante o meteorologista Michael Rossini Pantera - que, pelo sobrenome, é chamado por seus colegas de "o fera do CGE". As informações recebidas pelo órgão - e interpretadas pelos especialistas - chegam constantemente de várias fontes. Graças a um convênio com a Prefeitura, a empresa Somar Meteorologia encarrega-se de muni-los com dados meteorológicos. Além disso, 22 estações computadorizadas espalhadas pelo Município enviam informações sobre temperatura, umidade, pressão atmosférica, velocidade e direção do vento e volume de chuvas. Em caso de tempestade, pontos de alagamento são mapeados com a ajuda dos marronzinhos da CET. "Na cidade toda, há 500 pontos onde há possibilidade de alagamento", comenta o meteorologista. Diariamente, com chuva ou sol, boletins com as condições climáticas da capital são enviados para autoridades, pelos assessores de imprensa. "A CET, as subprefeituras e a Defesa Civil, por exemplo, precisam ser constantemente informadas", conta uma das jornalistas que trabalham ali, Cíntia Luz. Ela faz boletins para a imprensa em geral. Mas a população também pode se informar diretamente pelo site www.cgesp.com.br. De acordo com a classificação do órgão, há quatro estados em que a cidade pode se encontrar. O "de observação" é o normal. Se há chuva com potencial de alagamento, como ocorreu anteontem à tarde - e repetiu-se ontem -, o estado é "de atenção". Quando rios transbordam, o CGE declara "estado de alerta". Por último, há o "estado de alerta máximo", que seria "uma calamidade pública", diz o meteorologista Pantera. "Felizmente, isso nunca aconteceu por aqui."

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