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Chacina na Baixada foi a mais grave registrada no Rio

Onze policiais militares foram denunciados pelo Ministério Público Estadual pela Chacina da Baixada Fluminense. Quatro deles foram declarados inocentes e cinco irão a júri popular

Por Agencia Estado
Atualização:

No dia 31 de março de 2005 o Rio de Janeiro registrou a pior chacina já ocorrida no Estado. Por volta das 20 horas, 29 pessoas foram assassinadas a esmo nos municípios de Nova Iguaçu e Queimados. Quatro deles eram adolescentes que jogavam fliperama em um bar de Nova Iguaçu e apenas duas vítimas tinham antecedentes criminais. Onze policiais militares foram denunciados pelo Ministério Público Estadual pela Chacina da Baixada Fluminense. Quatro deles foram declarados inocentes em 23 de fevereiro, por decisão da juíza Elizabeth Machado Louro, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu. A magistrada ordenou a libertação dos PMs Maurício Jorge da Matta Montezano e Sedmar Gomes. Eles haviam sido presos porque uma testemunha afirmou que eles recolheram cápsulas no local do crime, mas o MP apurou que eles foram aos locais da chacina por ordem do comandante do batalhão. Os outros dois policiais livrados das acusações são Walter Mario Tenório Mariotini Valim e Marcelo Barbosa de Oliveira, que já estavam soltos desde o ano passado. Na mesma decisão, a juíza considerou que havia indícios da participação de cinco policiais nos assassinatos. José Augusto Moreira Felipe, Fabiano Gonçalves Lopes, Carlos Jorge Carvalho, Júlio César Amaral de Paula e Marcos Siqueira Costa irão ao Tribunal do Júri e responderão pelos 29 homicídios, uma tentativa de homicídio e formação de quadrilha. Dois policiais, Gilmar da Silva Simão e Ivonei de Souza, responderão apenas por formação de quadrilha. Indenização As famílias das vítimas ainda a aguardam a indenização devida pelo Estado. Em setembro de 2005, a Assembléia Legislativa aprovou o projeto que concede pensão mensal de até três salários mínimos a um sobrevivente e aos parentes das 29 vítimas, mas até hoje nenhuma pensão foi paga.

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