
01 de dezembro de 2007 | 00h00
A Justiça determinou a interdição compulsória de Roberto Aparecido Alves Cardoso, de 20 anos, o Champinha, um dos envolvidos no assassinato do casal de namorados Liana Friedenbach e Felipe Café, em 2003. A juíza Patrícia Padilha, da Vara Distrital de Embu-Guaçu, na Grande São Paulo, decidiu pela interdição do infrator na quarta-feira, 11 dias antes de Champinha completar 21 anos, quando poderia ficar livre. Segundo o promotor Wilson Tafner, do Departamento Especial da Infância e da Juventude da Capital (Deij), no Estado de São Paulo não há hospital adequado, com equipamentos necessários, para internação de adolescentes infratores com transtornos mentais ou dependentes químicos. "Temos hoje seis casos de infratores com transtornos mentais. Eles cometeram delitos não menos graves do que o de Champinha."A Secretaria da Saúde foi comunicada pela juíza com urgência para "providenciar vaga em estabelecimento psiquiátrico compatível com o tratamento necessário para o adolescente". A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual da Saúde informou que Champinha continuará na unidade Vila Maria da Fundação Casa. Informou ainda que a pasta assumirá na próxima semana a unidade inteira e dará atendimentos médico, psiquiátrico e psicológico, além de oferecer medicamentos. A segurança do interditado ficará sob responsabilidade da Secretaria da Administração Penitenciária.Patrícia Padilha deu prazo de cinco dias para a mãe de Champinha, Maria das Graças Figueiredo Cardoso, comparecer em cartório para assinar o termo de compromisso da interdição compulsória do filho. Já para a Fundação Casa, a juíza enviou ofício informando que ele só pode ser transferido para o estabelecimento indicado pela Secretaria da Saúde.
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