Charles Miller é invadida por vendedor de ''zona azul''

Cartão é obrigatório também nos fins de semana na praça e flanelinha cobra R$ 3 bilhete que custa R$ 1,80; eles dizem que competição cresceu

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Por Lais Cattassini
Atualização:

Flanelinhas cobram R$ 3 por um cartão da Zona Azul que custa R$ 1,80 em locais credenciados, para estacionamento na Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, na zona oeste da capital. O cartão passou a ser obrigatório também nos fins de semana, das 9 às 18 horas. O local tem espaço para mais de 500 carros e é monitorado pela Companhia de Engenharia e Tráfego (CET) de segunda a sexta-feira. O movimento de veículos na praça, segundo flanelinhas e fiscais da CET, aumentou nos fins de semana em razão do Museu do Futebol. A obrigatoriedade dos cartões permite a rotatividade das vagas. "É um mal necessário. Garante mais vagas para quem vem visitar o museu", declara o publicitário Rocir Souto, de 31 anos, que visitava a exposição ontem. Para os flanelinhas a competição aumentou. "Tem muito mais gente trabalhando agora. Com a Zona Azul a gente ganha mais. Isso ajuda muitas famílias", explica Carlos Rodrigues da Silva, de 17 anos. Ele vende o cartão, que compra a R$ 1,80, por R$ 3, garantindo um lucro de R$ 1,20. Pelo menos dez pessoas trabalham no local, que é monitorado por dois fiscais da CET diariamente. Fiscais informaram que autuações quanto à utilização do cartão são raras. Acostumados, os usuários não reclamam da obrigatoriedade, que garante a permanência do veículo por três horas. "Acho que é tempo o suficiente para visitar o museu", diz a arquiteta Sabrina Gross, de 30 anos. Para os estudantes que frequentam a Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e outros estabelecimentos de ensino na região, a CET recomenda que utilizem o cartão do estudante. O documento permite o estacionamento durante o período de aula mediante pagamento mensal, com desconto. As secretarias das escolas têm mais informações. Hoje a CET começa a implantar as novas folhas de Zona Azul, mais seguras e possíveis de serem rastreadas. Com marca d?água visível se observado contra a luz, o novo cartão é impresso com tinta antifraude e traz a inscrição "CET autêntico". Os antigos talões valerão por quatro meses.

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