Chega a 13 número de mortos na guerra do tráfico no Rio

Onze baixas seriam do lado do bando invasor, que teria recebido a ordem para retomar pontos de venda de drogas no Morro do Vidigal

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Por Agencia Estado
Atualização:

O número de mortos no Morro do Vidigal, na zona sul do Rio de Janeiro, invadido por traficantes rivais no domingo, 6, e, em seguida, ocupado pela Polícia Militar, chegou a treze nesta quarta-feira, 9. De madrugada, PMs do Batalhão de Operações Especiais (Bope) mataram mais um bandido, durante confronto - outros sete já haviam sido eliminados horas antes, ainda na noite de terça-feira. Onze baixas seriam do lado do bando invasor, que teria recebido a ordem para a retomada do morro de dentro do presídio Bangu 3, onde estão chefes do tráfico. Na madrugada de domingo, os bandidos teriam vindo do Pavão-Pavãozinho (zona sul) e da Mangueira (zona norte), com a intenção de recuperar pontos de venda de drogas no morro, tomados no ano passado. As armas usadas na investida dos traficantes teriam sido compradas com dinheiro conseguido num roubo de um bingo na zona sul, no mês passado. O assalto rendeu mais de R$ 40 mil. De domingo a terça, cinco homens já tinham sido mortos. Sete dos invasores tiveram a prisão pedida pela Polícia Civil. Na mata do alto da favela, PMs de diversos batalhões vêm procurando outros corpos que teriam sido deixados por bandidos. Um deles seria de Wagner Freira da Silva, de 22 anos, morador do Complexo do Alemão (zona norte), que está desaparecido justamente desde domingo. A PM afirmou que não deixará o morro. "Só vamos sair depois que sentirmos tranqüilidade", garantiu o comandante da corporação, coronel Hudson Miranda. Já foram apreendidos seis fuzis, uma metralhadora, duas pistolas, munição e um carregador. Mais mortos Na zona norte, três traficantes foram mortos e sete, presos, em confrontos com policiais, de manhã. Roberto Ferreira, de 28 anos, o Betão, irmão do chefe do tráfico do Complexo do Alemão, Tota, estava entre os mortos. Segundo a polícia, Betão comandava um grupo que atacou PMs que retiravam obstáculos dos acessos das favelas, colocados para impedir sua passagem. Os PMs revidaram e houve intenso tiroteio. Além de Betão, morreu ainda Márcio dos Santos, de 29 anos, o Quengão. O terceiro morto não foi identificado. Na favela Pára-Pedro, foram presos sete traficantes do Morro do Juramento, que haviam fugido de lá depois de uma invasão de uma facção inimiga. Com o grupo, a polícia apreendeu uma carabina calibre 12, de oito quilos. Um disparo da arma é capaz de abrir um buraco de 25 metros de diâmetro.

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