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Chevron foi imprudente ao manter a operação no Campo de Frade, diz Minc

Quatro meses depois do vazamento de óleo no local, operado pela petroleira americana, foram descobertos novos pontos de afloramento

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - Em entrevista a rádio Estadão ESPN nesta sexta-feira, 16, o Secretário estadual de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, acusou a Chevron de ser imprudente ao manter a operação no local. A empresa americana é responsável pela exploração de petróleo no Campo de Frade.

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Quatro meses depois do vazamento de óleo no local, operado pela petroleira americana, foram descobertos novos pontos de afloramento.

Baseado em estudos de especialistas, Minc afirma que a empresa deveria ter tomado uma série de medidas para encapsular todo o tubo localizado no fundo do mar até o local do poço. "Quando há uma fissura dessas, ou deve-se procurar outra área ou deve-se tomar uma série de medidas, encapsulando com ferro inoxidável todo o tubo do fundo do mar até o local do poço. A Chevron só tinha encapsulado cerca de metade dos 1200 metros que ela tinha perfurado. Então, houve realmente imprudência, ela mostrou que não tinha capacidade de pronta resposta".

Autuação. A Chevron foi autuada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) por "não atender notificação para apresentar as salvaguardas solicitadas para evitar novas exsudações na área".

O termo vazamento foi evitado até mesmo pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Para o órgão, "em princípio não se trata de novo vazamento, uma vez que o poço não estava operando. Segundo informações preliminares, ocorreu um afloramento de óleo, provavelmente decorrente do vazamento registrado em novembro de 2011".

Questionado sobre a dimensão do problema, o diretor de Assuntos Corporativos da Chevron, Rafael Jaen, disse que cálculos iniciais apontavam para uma quantidade de apenas 5 litros de óleo. A fissura teria 800 metros de comprimento. Diferentemente do Ibama, ele descartou que o novo incidente tenha relação com o derramamento de 7 de novembro, quando foram despejados no mar cerca de 2,4 mil barris.

Técnicos da ANP estiveram no Centro de Comando de Crise da Chevron e determinaram a instalação de um coletor no novo ponto de vazamento.

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