SÃO PAULO - A cidade de Maria da Fé, no sul de Minas Gerais, adiou a volta às aulas por causa da chuva que atingiu a região na última segunda-feira. Além do município, outras 112 localidades estão em emergência desde outubro devido às tempestades que atingem o Estado.
O retorno do ano letivo em Maria da Fé estava previsto para acontecer ontem, mas foi cancelado por conta dos fortes temporais. A previsão é que os alunos voltem às aulas na próxima segunda-feira, 7. Segundo a secretária de Educação da cidade, Patrícia de Almeida Bernardo, duas escolas municipais foram atingidas por enchentes. O rio Ribeirão Cambuí transbordou e seu nível ficou três metros acima da calha.
Foram alagadas a pré-escola Jardim Florido, que tem 195 alunos, e a Escola Municipal Arlindo Arone, onde 503 alunos estão matriculados. Agora, funcionários da prefeitura, trabalham na limpeza das escolas. "Tivemos perda de material escolar e merenda", afirmou a secretária.
Outro motivo para o cancelamento da volta às aulas em toda a rede municipal foi que parte da zona rural do município está isolada, pois houve queda de barreiras. E cerca de 50% dos alunos matriculados na rede municipal de ensino vivem na zona rural. Ao todo, a cidade tem 1.790 estudantes da rede municipal de ensino. E conta com nove escolas municipais, seis na zona rural e três na área urbana. Maria da Fé tem aproximadamente 15 mil habitantes.
Afetados. O município decretou emergência por causa das chuvas no dia 12 de janeiro, segundo o boletim da Defesa Civil Estadual. As últimas cidades que entraram nesta situação foram Boa Esperança, Natércia e Piedade do Rio Grande. De acordo com o último boletim divulgado pela Defesa Civil do Estado na manhã desta quarta-feira, 2, são 160 os municípios afetados pelas chuvas.
Ainda segundo o balanço da Defesa Civil, em todo o Estado, 1.354.541 pessoas foram afetadas de alguma maneira pelos temporais, que deixaram 17.760 desalojados, que estão na casa de parentes ou amigos, e 3.4565 desabrigados, que perderam tudo e ocupam abrigos públicos, desde outubro de 2010. Apenas em janeiro, 63 cidades decretaram situação de emergência. Ainda não há nenhum município do Estado que tenha registrado situação de calamidade pública.