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Chuva e incidentes prejudicam o desfile da Porto da Pedra

Por Agencia Estado
Atualização:

O desfile da Porto da Pedra, segunda escola a se apresentar nesta segunda-feira, foi repleto de erros e pequenos incidentes que acabaram comprometendo a apresentação da agremiação. A chuva forte durante a concentração também prejudicou a escola de São Gonçalo. "A gente faz um carnaval pensando no brilho, não que essas coisas possam acontecer", disse o carnavalesco Alexandre Louzada, que chegou a chorar na concentração. A Porto da Pedra levou para a avenida a história da mensagem, desde as figuras rupestres deixadas pelos homens das cavernas à era digital e os e-mails. O samba, considerado fraco, não levantou a platéia. A comissão de frente da escola encantou o público e prometia ser o ponto forte da escola. Mas quatro integrantes não conseguiram completar o desfile e a coreografia de Jaime Arôxa foi interrompida a partir da metade da passarela do samba. A comissão era formada por 12 cães, que perseguiam um carteiro enquanto ele tentava entregar uma carta de amor a uma dona de casa. Os bailarinos chegaram a estudar adestramento de cães para reproduzir com perfeição os movimentos dos bichos. E conseguiram. Mas o calor sob a roupa quente impediu que todos os dançarinos completassem o desfile. Um deles, Eduardo Brito, de 24 anos, precisou de atendimento no posto médico. A partir da comissão de frente, o desfile da Porto da Pedra desandou. O motorista da alegoria Cães de Fogo perdeu a direção e bateu contra as frisas, logo depois da cabine dos jurados do setor 2. O carro teve de ser empurrado até o fim. As baianas não puderam evoluir por causa do peso da roupa. Secas, as fantasias tinham 40 quilos. Depois da chuva, a avaliação é de que o peso havia dobrado. As baianas desfilaram carregando as saias nos braços. No recuo da bateria, as alas à frente foram rápido demais, deixando um espaço de 20 metros. Isso obrigou que os integrantes que vinham atrás corressem para preencher o espaço deixado. Além disso, fantasias de várias alas foram manchadas pelo vermelho que escorria de penas molhadas da chuva. Apesar de tantos desacertos, o presidente da escola, Uberlan de Oliveira, estava otimista no fim da apresentação. Para ele, a escola não será prejudicada com o mal estar dos bailarinos da comissão de frente. "O regulamento exige que a comissão tenha o mínimo de 10 e o máximo de 15 integrantes. Não desrespeitamos o regulamento", disse. Além dos oito cães, completaram o desfile a dona de casa e o carteiro. Leia abaixo a cobertura dos desfiles no Rio de Janeiro 2º DIA   Tradição não empolga com samba antigo  1º DIA   Última a desfilar, Portela arranca gritos de "É campeã!"    Mangueira contra a trajetória do ouro de Minas até o Rio    Grande Rio entra na avenida com carros alegóricos censurados    História e tecnologia marcam o desfile da Salgueiro    Unidos da Tijuca festeja a criatividade dos cientistas    Caprichosos homenageia Xuxa, mas não empolga    São Clemente abre desfile com críticas políticas e sociais 

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