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Chuva e rompimento de cabo causam atrasos em aeroportos

Temporal ocorrido no domingo em Curitiba causou rompimento de cabo de fibra ótica do Cindacta 2, que coordena o espaço aéreo da região Sul do País

Por Agencia Estado
Atualização:

Os passageiros voltaram a enfrentar atrasos em vôos na manhã desta segunda-feira, 20, em aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba. Em alguns casos, a espera ultrapassou as 10 horas, mas a média ficou por volta de uma hora. De acordo com a Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), um raio causou o rompimento de um cabo de fibra ótica do Centro Integrado de Defesa e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) 2, que coordena o espaço aéreo da região Sul do País, durante o temporal que atingiu Curitiba na tarde de domingo. A manutenção já foi realizada no cabo e a previsão é de que as decolagens voltem ao normal durante a tarde, segundo a Infraero. De acordo com balanço divulgado pela Infraero, dos 807 vôos programados, 288 tiveram atrasos superiores a 45 minutos até o meio-dia desta segunda-feira, o que representa 35,7%, chegando ao mesmo patamar dos atrasos registrados no início da semana passada quando os vôos atrasaram devido à ausência de dois controladores no Cindacta 1, de Brasília. A Infraero lembra que o tempo de 45 minutos é o que melhor expressa os atrasos da aviação comercial, pois atrasos de 15 a 30 minutos são considerados aceitáveis na rotina de vôos. Em Curitiba, a situação era menos tensa nesta tarde do que a registrada pela manhã, quando cerca de 80 passageiros, inconformados com o atraso de mais de nove horas em um vôo para Foz do Iguaçu, invadiram a pista do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana da cidade. De acordo com a Infraero, os manifestantes embarcaram por volta das 9h30. Às 12 horas, havia doze vôos atrasados e nenhuma vôo havia sido cancelado. A média de atrasos chegava a uma hora e 47 minutos. No domingo, dos 109 vôos previstos, 52 sofreram atrasos e quatro foram cancelados. A média de espera passou de três horas. São Paulo No Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, por volta das 12h30 ainda havia pelo menos 25 vôos atrasados - 14 decolagens e 11 pousos - com uma média de espera de uma hora. Uma exceção era o vôo que deveria ter partido do Aeroporto de Congonhas para Florianópolis às 22h20 de domingo foi transferido para Guarulhos e a decolagem que foi transferida para as 13h30 desta segunda-feira. Apesar disso a situação no saguão do aeroporto era mais tranqüila do que no início da manhã desta segunda-feira, de acordo com a Rádio Eldorado AM, quando cerca de 500 pessoas promoveram uma manifestação. Segundo uma passageira, um policial teria sacado uma arma para intimidar os manifestantes. Já em Congonhas, na zona sul de São Paulo, os passageiros enfrentavam atrasos a partir de 40 minutos até o início desta tarde. Em alguns vôos essa espera se estendia por até três horas e meia. De acordo com a Infraero, das 6 às 12 horas, foram registrados atrasos em 23 decolagens e 31 pousos. Havia grande movimento nos balcões de check-in da Gol e da TAM por volta das 12h30, mas sem tumultos. Além da tempestade no Sul e o rompimento do cabo de fibra ótica, dois outros problemas contribuíram para a ocorrência de atrasos em Congonhas. O aeroporto chegou a ficar fechado por 40 minutos depois das 20 horas no domingo devido à chuva forte que caiu em São Paulo. Para complicar ainda mais a situação, por volta das 22h55, um jato executivo, que vinha de Manaus, derrapou na pista principal do aeroporto, que ficou fechada para pousos e decolagens até a 0h48. Nesse tempo, somente a pista auxiliar de Congonhas recebeu os vôos até as duas horas. Com todos esses transtornos, muitos passageiros passaram a noite no aeroporto e dormiram nas salas de embarque que, de acordo com a Infraero, pela primeira vez, ficaram abertas durante a madrugada. Das 19 horas de domingo às duas horas desta segunda-feira, 34 vôos atrasaram e 18 foram transferidos para o Aeroporto de Guarulhos. Rio e Brasília No Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, alguns vôos atrasaram mais de 10 horas. Em um dos casos, passageiros que viajariam para Luanda tiveram que esperar cerca de 15 horas para embarcar nesta segunda. No balcão de check-in da Gol, a fila chegou a se estender por 45 metros. Entre 4 horas e 9h30, a média de atraso foi de 58 minutos. Em Brasília, cerca de 150 passageiros passaram a noite no aeroporto aguardando o embarque de vôos para Fortaleza e Belém que deveriam ter partido por volta das 22 horas de domingo. O embarque para Fortaleza só ocorreu às 7h30 desta segunda-feira e para Belém, o vôo só partiu por volta das 9 horas. Policiais federais foram chamados para conter os passageiros que chegaram a bloquear os guichês da Gol. Até às 10 horas, 34 vôos estavam atrasados, sendo 21 chegadas e 13 partidas. Matéria ampliada às 13h50

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