Chuvas castigam Sudeste e seca, o Sul

Temporais causam estrago em MG e RJ; estiagem atinge PR e RS

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Por Redação
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Na Região Sudeste, a chuva castiga Minas Gerais, Rio e Espírito Santo, causando mortes e deixando milhares de desabrigados. Na Região Sul, Paraná e Rio Grande do Sul vivem situação inversa: a estiagem prejudica a agricultura em diversas cidades. Os dois Estados são vizinhos a Santa Catarina, atingida em novembro por temporais que deixaram 135 mortos e 80 mil desabrigados. A diversidade e a intensidade desses fenômenos meteorológicos são decorrências da época do ano e de fenômenos específicos típicos do verão, de acordo com meteorologistas. As chuvas mais intensas no Sudeste, segundo Carlos Moura, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, são resultado da elevada precipitação e nebulosidade vindas do mar das chamadas Zonas de Convergência do Atlântico Sul. "É normal acontecer nessa época do ano. Só não sabemos por que tem acontecido com mais frequência." As chuvas no Sudeste tornam-se ainda mais intensas porque frentes frias vindas do Sul ficam estacionadas na região depois de serem bloqueadas pela massa de ar que vem do Nordeste. "Sempre depois das frentes frias passam as massas de ar seco, que estão estacionando na Região Sul, causando a estiagem", explica Aline Tochio, da Climatempo. BALANÇOS Minas confirmou ontem a 24ª morte em decorrência das chuvas que atingem o Estado desde setembro. O número de cidades que decretaram situação de emergência subiu de 57 para 61. No norte do Estado do Rio, quase 80% da cidade de Porciúncula está debaixo d?água. A cidade está praticamente ilhada, com três vias de acesso intransitáveis. Em Itaperuna, também no norte, duas pessoas morreram por suspeita de leptospirose. O número de desalojados no Rio é de 32,5 mil e há 2,6 mil desabrigados. No Espírito Santo, a situação é crítica, mas não há registros de mortos. A estiagem no Rio Grande do Sul deixou 50 municípios em situação de emergência. A falta de chuvas na região sudoeste do Paraná levou os municípios de Saudade do Iguaçu e Renascença a decretarem estado de emergência para que sejam liberados recursos à agricultura. SANDRA HAHN, JULIO CESAR LIMA, EDUARDO KATTAH, TALITA FIGUEIREDO, JULIO CASTRO e BRUNO PAES MANSO

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