As fortes chuvas que derrubaram casas, abriram buracos e interditaram ruas e estradas levaram os municípios de Araçatuba, Santo Antônio do Aracanguá, José Bonifácio, Auriflama, Jales e Clementina, na região Noroeste de São Paulo, a decretar estado de emergência. A situação é mais precária em Santo Antônio do Aracanguá, na região de Araçatuba, onde o acesso principal à cidade continua interditado por conta da queda de uma ponte sobre o córrego da Mata. O caminho agora é feito por uma estrada aberta pela prefeitura dentro de uma fazenda, mas diversos carros atolam. Uma outra ponte que há sobre o córrego também ameaça ruir. O acesso improvisado não permite a passagem de caminhões carregados, por isso, no principal mercado da cidade, começam a faltar produtos e mantimentos para os 7 mil moradores. Bairros rurais ficaram isolados, atrasando o escoamento de leite usado para fabricação de queijos. O município é um dos maiores produtores de leite e segundo o vice-prefeito, Benedito Ismael Rodrigues (PSDB), precisa de R$ 2 milhões para recuperar estragos. Em José Bonifácio, 1.100 quilômetros de estradas rurais estão sem condições de tráfego. Em Auriflama e em Presidente Prudente, no oeste do Estado, mais de 30 famílias tiveram suas casas comprometidas por rachaduras e desabamentos e estão morando em casas de parentes. De acordo com a prefeitura de Auriflama, os estragos ultrapassam a R$ 2,5 milhões. A chuva deixou 80% dos moradores da cidade de Presidente Prudente sem abastecimento de água por quatro dias porque as chuvas danificaram a bomba de abastecimento da Sabesp. Somente na noite de segunda-feira, 22, o Departamento de Estradas de Rodagens (DER) liberou o trecho da rodovia Eliezer Montenegro Magalhães (SP-463), interditado desde quarta-feira passada, quando o rio São José dos Dourados subiu e inundou a pista. Outros dois trechos na rodovia Marechal Rondon, principal ligação com o Mato Grosso do Sul, foram interditados por alagamentos no final de semana.