Chuvas fazem Chesf ampliar vazão de usinas

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Por Agencia Estado
Atualização:

As chuvas se intensificaram entre a tarde de ontem e a manhã de hoje na região do submédio São Francisco, entre os municípios de Juazeiro e Paulo Afonso, provocando o sangramento de açudes e pequenos reservatórios no norte da Bahia, ampliando ainda mais o incremento de água no lago da usina de Luiz Gonzaga que atingiu na tarde de hoje 96% de sua capacidade. Por causa disso, a gerência regional da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) aumentou a vazão da usina dos 4.500 metros cúbicos por segundo de anteontem para 6.500 m3/s na tarde de hoje, com previsão de ampliar para 7 mil no inicio da noite. O engenheiro Airton Feitosa, assessor da Chesf em Paulo Afonso explicou que a descarga de água está sendo controlada para não provocar enchentes nas cidades ribeirinhas ao Rio São Francisco. A água liberada pela Usina de Luiz Gonzaga vai para o lago de Xingó, situado entre os estados de Alagoas e Sergipe, que também aumentou sua vazão. "Além da geração de energia, as usinas de Luiz Gonzaga e Xingó foram construídas também para o controle de enchentes e é isso que estamos fazendo no momento", disse Feitosa, informando que antes das duas barragens, houve uma grande enchente na região em 1979 quando a vazão do São Francisco alcançou a 13.500 metros cúbicos por segundo. Segundo Feitosa, a descarga que vem sendo liberada por Xingó fez o nível da água da calha do São Francisco no município alagoano de Piranhas, situado logo abaixo da barragem, subir em sete metros. A prefeitura de Piranhas comunicou à Chesf que até o momento a cidade não foi atingida pela enchente, mas os moradores da região ribeirinha tiveram suas terras alagadas. Por causa do aumento da vazão e o prosseguimento das fortes chuvas na região as cidades sergipanas e alagoanas situadas entre Xingó e a foz do São Francisco estão em estado de alerta.

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