PUBLICIDADE

Chuvas provocam medo e destruição no Agreste

Por Agencia Estado
Atualização:

As chuvas que atingiram os municípios do Agreste e parte do Sertão alagoano devem continuar até a próxima semana, chegando também às cidades da Zona da Mata de Alagoas. A previsão é do professor Luís Carlos Baldicero Molion, chefe do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal de Alagoas. Segundo ele, o temporal - que alagou cidades como Arapiraca e deixou apreensivos os moradores de vários municípios sertanejos - foi provocado por uma frente fria que está cruzando o litoral, na altura do Espírito Santo até o Estado da Bahia. "O deslocamento está oscilante, ou seja, a frente fria está se deslocando para frente e para trás, produzindo também chuvas no Piauí ou interior da Bahia, passando forte também por Sergipe, onde a população da capital Aracaju já sente os efeitos do temporal", explicou Molion. No caso de Alagoas, ele prevê que as chuvas permaneçam fortes no interior do Estado até segunda ou terça-feira, quando deverão se deslocar para a capital Maceió. "A perspectiva é de que as chuvas permaneçam fortes, podendo chegar até 40 milímetros", adiantou. Em Arapiraca, a 136 quilômetros de Maceió, as chuvas provocaram alagamento, desmoronamento de casas, queda de postes, árvores e da torre da igreja. Choveu forte em todo o município por mais de 24 horas, de terça para quarta-feira, causando medo e destruição. Segundo um radialista da cidade, em entrevista hoje pela manhã a uma emissora de Maceió, a chuva foi mais intensa na noite de terça-feira. Desde então, não parou mais de chover forte na região. O riacho Piauí, que atravessa Arapiraca, transbordou, derrubando muros e residências, mas não há registros de mortos. Segundo o jornalista Roberto Baía - que mora há 18 anos em Arapiraca e trabalha na assessoria da prefeita Célia Rocha (PSDB) - os moradores da cidade, habituados com o clima seco e quente nessa época do ano, nunca viram nada semelhante. "A água subiu tanto que as geladeiras de uma oficina de refrigeração foram levadas pela correnteza", comentou, acrescentando que, felizmente, as perdas até agora foram apenas materiais. As áreas mais atingidas foram aquelas no longo do córrego que corta a cidade, onde em alguns trechos a água chegou a mais de dois metros.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.