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Ciclone extratropical volta a provocar ressacas no Sudeste

O mar invadiu o calçadão, a ciclovia e as pistas em vários pontos da orla carioca e destruiu parte do deque do Mirante da Avenida Niemeyer, na zona sul do Rio, que teve o dia mais frio do ano

Por Agencia Estado
Atualização:

O ciclone extratropical que está sobre o litoral sudeste do Brasil voltou a provocar ressaca no litoral fluminense e também na Baixada Santista. O Serviço de Meteorologia da Marinha alerta: a previsão é de ondas de até 4 metros no oceano, até as 12 horas de quinta-feira, 7. Nesta terça-feira, 5, quando os termômetros registraram a madrugada e tarde mais frias do ano na cidade do Rio de Janeiro, com 10,6 graus no Alto da Boa Vista, zona norte, e 19,2 em Jacarepaguá, na zona oeste, o ciclone já deixou conseqüências. O mar invadiu o calçadão, a ciclovia e as pistas em vários pontos da orla e destruiu parte do deque do Mirante da Avenida Niemeyer, na zona sul. Durante a tarde da terça, garis removeram cerca de uma tonelada e meia de entulho das pistas, da ciclovia e do calçadão, somente no trecho do Posto 11, em Ipanema, na zona sul. Em São Conrado, foi retirada meia tonelada, com o auxílio de um micro-trator. Coberta de areia, a Delfim Moreira, no Leblon, foi parcialmente interditada. Na Praia da Macumba, rampas de concreto foram destruídas pela força das ondas. Lá, o mar atravessou a pista e invadiu o Camping Clube do Brasil. Guarda-vidas que trabalham no posto do Recreio ficaram ilhados. A Estrada do Pontal, na zona oeste, também foi afetada. No mirante da Niemeyer, estacas de madeira do guarda-corpo do deque foram arrancadas pelas ondas de até 3 metros. Palcas de madeira também foram levadas. Em meio à ressaca, um pingüim foi resgatado em Copacabana pelo subcomandante do Corpo de Bombeiros, coronel Marcos Silva. Segundo ele, nenhum caso de naufrágio foi registrado até o fim da tarde. Houve um afogamento, em Macaé, no litoral norte - a vítima foi resgatada. O ciclone extratropical é um sistema de baixa pressão formado a partir de uma frente fria, com ventos intensos que giram no sentido horário, provocando a formação de ondas. Além do ciclone, que não se aproximou da costa Sudeste tanto como ocorrera no Sul do País, uma massa de ar polar causa a queda de temperatura, explicou o meteorologista Marcelo Pinheiro, do Climatempo. "O ciclone se afastou em direção ao oceano perto do litoral do Rio Grande do Sul. No Rio, apesar das conseqüências, tivemos apenas reflexos da passagem", disse. A previsão para esta quarta-feira, 6, é de novo recorde: mínima de 8 graus na madrugada e máxima de 22 graus, à tarde. O sol reaparece, ainda com nuvens. De acordo com a Climatempo, o tempo deverá abrir gradativamente ao longo do feriado. Na quinta-feira, há previsão de tempo mais firme, com predominância de sol. Mínima de 9 graus na madrugada e máxima de 25.º. Na sexta, mínima de 11 graus e máxima de 28.º. E, no sábado, mínima de 12 graus e máxima de 30.º Baixada Santista Os efeitos do ciclone extratropical voltaram a castigar a região da Baixada Santista, que passou por fortes ressacas no início da tarde desta terça. Por volta das 13h30, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) foi obrigada a interditar parte da pista sentido Santos-Guarujá, em razão das ondas, que batiam forte nas calçadas, atingindo os veículos. Os jardins da orla, no trecho compreendido entre as avenidas Washington Luís e Bernardino de Campos (Canais 2 e 3), também foram atingidos pelas águas, que arrastaram a areia, chegando a cobrir as calçadas. O pico da maré ocorreu por volta das 14h45, alcançando 1,4 metro, fato de deixou a Defesa Civil em alerta. "A nossa preocupação é que o estado de atenção deverá permanecer por mais 24 horas", afirmou no final da tarde de ontem o responsável pela Defesa Civil em Santos, Luís Marcos Albino. Em São Vicente e em Guarujá, o fenômeno das fortes ressacas voltou a se repetir, embora em menor intensidade que na segunda-feira, quando três quiosques foram destruídos. Na Praia da Enseada, a areia ficou encoberta no início da tarde. No mês passado, vinte dos 98 quiosques sofreram sérios prejuízos. Mas a força da maré foi mais visível na Prainha Branca, localizada na Estrada Guarujá-Bertioga. Quase todas as árvores foram arrastadas nesta Terça e a estrutura de algumas casas, bares, restaurantes e de uma pequena igreja acabou comprometida, levando a Defesa Civil de Guarujá a ficar vigilante com aquela região. Ampliada às 20h16

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