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Cidade é referência no grafite mundial

Por Susan Eiko Togashi
Atualização:

Um dos locais de maior produção de arte de rua no mundo, São Paulo ganhou posição de respeito no cenário mundial. Não por acaso, cerca de 13 mil das 30 mil fotos feitas pelo fotógrafo francês Eric Marechal foram tiradas na cidade. "Quando se pensa em grafite, atualmente temos São Paulo como um dos locais que mais formam artistas", diz ele. Apesar de a Prefeitura já ter apagado obras importantes de grafiteiros na capital, Marechal acha que em São Paulo as intervenções urbanas são mais respeitadas e permanecem nas paredes por meses, até anos, o que não acontece em sua cidade, Paris. Lá, segundo ele, as colagens duram no máximo uma semana. Pela Lei Cidade Limpa, em vigor desde 2007 em São Paulo, são proibidos lambe-lambes com publicidade. A multa mínima por painel irregular é de R$ 10 mil para o anunciante, R$ 10 mil para a gráfica e R$ 10 mil para o dono do terreno. Em relação aos artísticos, não há especificação. A história do grafite em São Paulo é recente, começou nos anos 80, mas já formou milhares de grafiteiros conhecidos internacionalmente, em alguns casos até mais fora do que no Brasil. Apesar da falta de incentivo cultural, considera-se que a cultura urbana e o cenário efervescente de São Paulo proporcionam a atmosfera informal e criativa necessária a uma produção de arte de rua de qualidade.

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