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Cidades do interior terão 50 novos presídios

Em Franca, Jundiaí, Rio Preto e Tupi Paulista as obras já começaram

Por Josmar Jozino
Atualização:

Os 3 mil moradores de Florínea, no oeste de São Paulo, a 450 km da capital, não sabem, desde 2001, o que é um homicídio doloso. Agora, porém, temem o aumento da violência com a construção de um presídio na cidade. O governo estadual assinou decreto autorizando a construção da unidade prisional até 2011. O povo é contra. Cidades pequenas do interior paulista, com índices de homicídio quase zero, como Itatinga e Cerqueira César (um assassinato em 2008), Capela do Alto, Bernardino de Campos, Taquarituba e Jardinópolis (dois assassinatos no ano passado), também vão ter presídios. O anúncio foi feito ontem pelo secretário da Administração Penitenciária, Antonio Ferreira Pinto. A meta do governador José Serra (PSDB) é construir, até o final de seu mandato, 50 presídios no interior. As construções já tiveram início em quatro cidades: Franca e Jundiaí (CDPs), São José do Rio Preto (Centro de Progressão Penitenciária) e Tupi Paulista (Penitenciária Feminina). Técnicos do governo fizeram levantamentos para construir outras 44 unidades. A expectativa da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) é criar 39.504 vagas no sistema prisional e contratar 13.190 servidores. Segundo o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp), as novas unidades custarão R$ 109 milhões e os recursos virão do governo federal. Em Florínea, a população fez ato público contra a construção da unidade. O prefeito Rodrigo Siqueira da Silva (PSDB) não quis comentar o assunto. A construção de presídios não significa necessariamente aumento de violência. Pracinha tem penitenciária desde 2001 e o índice de homicídio doloso é zero. NÚMEROS 50 presídios no interior é a meta do governo do Estado 39.504 vagas novas no sistema prisional estão previstas

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