Cinco cidades do Paraná ainda estavam sem abastecimento de água nesta segunda-feira, 1, após as tempestades que atingiram várias regiões do Estado na sexta-feira, 29, e sábado, 30, segundo a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). Cerca de 75 mil pessoas foram atingidas.
A situação mais crítica é em Sengés, onde, por falta de acesso rodoviário, as equipes de manutenção da companhia de saneamento só chegam por helicóptero. Até este domingo, os técnicos da Sanepar conseguiram restabelecer o abastecimento de água para cerca de 60% dos 20 mil moradores.
Com o alagamento, o rio saiu do leito e acabou provocando vários desmoronamentos de terra, que destruíram a rede de tubulação da Sanepar. Técnicos trabalham na reconstrução da tubulação que deve ficar pronta até amanhã.
Outra situação crítica é em Tomazina, onde, pela cheia do Rio das Cinzas que corta a cidade, não é possível fazer a captação de água. As instalações da empresa responsável pelo processo estavam totalmente inundadas nesta manhã. A Sanepar já encaminhou para a cidade um caminhão-pipa, para buscar água de outros sistemas em Conselheiro Mairinque e Siqueira Campos e garantir o abastecimento de cerca dos 15 mil habitantes do município.
O abastecimento de água já foi restabelecido em Wenceslau Brás e Ibaiti, onde o deslizamento de uma encosta levou muita terra e árvores para dentro das instalações da Sanepar que são usadas para fazer a captação de água do Rio Ribeirão Grande e levar até a estação de tratamento de água.
Em Pinhalão, cerca de duas mil pessoas continuam sem água devido ao rompimento da tubulação. A situação é a mesma em Arapotim, segundo a Sanepar.
Em São José da Boa Vista, 50% da produção de água da Sanepar está prejudicada pela sujeira do Rio Pescaria. Devido à lentidão no processo, a cidade está sendo atendida pelo sistema de rodízio.