Cinco mil no ´Grito dos Excluídos´

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Por Agencia Estado
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Cerca de cinco mil pessoas reuniram-se no Parque da Independência na 10ª edição do Grito dos Excluídos. Quatro marchas partiram da Praça da Sé, do Trevo da Anchieta, do Metrô Vila Mariana e do Largo da Vila Prudente e reuniram-se por volta das 10h30 no parque. Com o tema "Mudança Para Valer, o Povo Faz Acontecer", representantes das pastorais, de movimentos populares, do Movimento dos Sem Terra MST, do Movimento dos Sem Teto do Centro MSTC e da Marcha Mundial das Mulheres, além de grupos de indígenas, moradores de rua, deficientes físicos e de defesa da diversidade sexual, protestaram contra a exclusão social e o preconceito. "O povo unido é capaz de muita coisa. Precisamos lutar em defesa da vida", afirma o bispo d. José Maria Pinheiro, da Arquidiocese de São Paulo, região episcopal do Ipiranga. A Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual ABCDS e a Associação da Parada Orgulho Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transgêneros GLBTT reivindicavam a aprovação da lei que reconhece a união civil dos homossexuais. Os moradores de rua mostravam-se preocupados com os recentes ataques ocorridos. Romildo Carlos contou que morava perto do local onde ocorreram as mortes. "Ouvi barulho e saí correndo". Ele foi levado a um albergue pela polícia. "Moro há 30 anos na rua e só agora consegui vaga num albergue. O governo tem que estar atento a isso." O Movimento dos Desempregados pediu melhores salários e mais emprego. Para Raimundo Perillat, coordenador do Movimento, "o governo fala em crescimento, mas o desemprego está muito grande e os salários, cada vez mais baixos."

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