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Cinco pessoas assassinadas no carnaval de Salvador

Número indica que a violência aumentou em Salvador; em 2005 nenhuma morte foi registrada no carnaval

Por Agencia Estado
Atualização:

Cinco pessoas foram assassinadas na área de abrangência do carnaval da capital baiana, três delas nos circuitos dos desfiles. O número é indicativo de que a violência aumentou em Salvador em 2006, pois nenhuma morte foi registrada no carnaval de 2005. Além disso, 17 turistas foram assaltados antes mesmo do início da festa e o embaixador de Angola, Alberto Correia Neto, teve sua valise de mão roubada no aeroporto, pouco antes de embarcar para o Rio de Janeiro. As constantes brigas durante a passagem dos trios elétricos resultaram em centenas de pessoas feridas e pelo menos uma morte - Pascoal Santos Silva, de 22 anos, recebeu um soco, bateu a cabeça no chão e morreu quando brincava na Praça da Piedade, na madrugada de sábado. As brigas levaram o percussionista Carlinhos Brown a reclamar pelo microfone do seu trio, na noite de domingo, que as autoridades, entre os quais o ministro da Cultura Gilberto Gil, deveriam "educar o povo o ano inteiro e não apenas durante sete dias". Ele pediu às emissoras de televisão que mostrassem as cenas de violência durante a festa, pois as imagens representariam "a verdadeira Bahia". Também morreram durante a festa a estudante Luciene Rodrigues da Silva, de 23 anos, assassinada com um tiro no peito por Clébson Ramos, no domingo. Outras vítimas fatais foram o auxiliar de marceneiro Ricardo Sanches Santos, de 23 anos e o vendedor de frutas Wagner Pereira Souza, de 23. Ambos foram esfaqueados. Já Antonio Bispo dos Santos, de 54 anos, foi encontrado morto nesta terça-feira atrás do Hotel Píer Sul, Bairro de Ondina. Secretaria Apesar das evidências de uma violência crescente, por causa da quantidade de pessoas que participam do carnaval de Salvador (a estimativa foi de mais de dois milhões), a Secretaria de Segurança Pública informou que houve "redução" nos casos policiais em relação à festa de 2005. Essa redução teria sido de 11% (conforme divulgado na terça-feira, um dia antes do fim da festa), o que contraria todas as regras da estatística, pois o governo baiano mais uma vez registrou aumento - cerca de 20% - no fluxo de pessoas em Salvador. Caso a Segurança Pública esteja certa, chega-se à conclusão de que quanto mais aumentar o contingente de foliões se espremendo nas ruas de Salvador, menos casos de agressão, assassinatos e roubos ocorrerão.

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