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Cinco pessoas devem prestar depoimento sobre assassinato do coronel Ubiratan Guimarães

Estão previstos os depoimento de três funcionários, inclusive de Karina Florido Rodrigues, ex-assessora política do coronel, além de outras duas pessoas que estão sendo mantidas em sigilo

Por Agencia Estado
Atualização:

Cinco pessoas deverão ser ouvidas nesta quarta-feira, 20, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o assassinato do coronel e deputado estadual, Ubiratan Guimarães, no dia 09 de setembro, em seu apartamento nos Jardins, em São Paulo. Estão previstos os depoimento de três funcionários, inclusive de Karina Florido Rodrigues, ex-assessora política do coronel, além de outras duas pessoas que estão sendo mantidas em sigilo. Na terça-feira, 19, os investigadores ouviram um funcionário da Sociedade Hípica Paulista onde o coronel almoçou por volta das 15 horas do sábado, no dia em que foi assassinado, além de dois assessores que trabalhavam no comitê de campanha de Ubiratan. Deputado estadual pelo PTB, o coronel disputava a reeleição e usava como identificação o número 14.111. Em fevereiro, ele foi absolvido pela Justiça da acusação de ter se excedido no massacre de 111 presos do Carandiru, em 1992. A polícia também queria saber dos assessores como havia sido o sábado do coronel e o que ele comeu. Investigações A Polícia Civil investiga a possibilidade de que a blusa entregue pela advogada Carla Cepollina, de 40 anos, para a perícia não seja a que ela usava no dia do crime. Para chegar a uma conclusão, vai tentar melhorar a qualidade das imagens de vídeo que flagraram Carla chegando em casa, na noite do dia 9. Caso a roupa tenha sido trocada, a polícia pode pedir a prisão temporária da advogada. A perícia já sabe que a namorada do coronel entregou sua calça depois de lavá-la com sabão e água sanitária, o que praticamente inviabiliza qualquer exame pericial na roupa. Os peritos do Instituto Médico-Legal (IML) encontraram um bolo alimentar preservado, quase sem digestão, no estômago de Ubiratan. A polícia quer saber qual foi a última refeição do coronel para determinar o horário da morte e, assim, ter certeza de que Carla estava no apartamento do coronel na hora do crime. Segundo peritos, uma digestão completa demora de três a seis horas. Sabe-se que o coronel almoçou na Sociedade Hípica Paulista por volta das 15 horas do sábado, dia 9. O que não se divulga é o que ele comeu, um segredo que a polícia mantém para preservar a investigação. Caso o que ele almoçou seja o mesmo alimento achado no estômago, será possível determinar que o coronel morreu entre 18 horas e 21 horas daquele dia. Foi por isso que o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ouviu ontem um funcionário da Hípica. Outros exames do IML ficaram prontos. Constatou-se que o coronel levou um tiro de cima para baixo a pelo menos um metro de distância. Também se sabe que o coronel tinha álcool no sangue (1,5 miligrama por litro), comprovando que ele bebeu. Sobre o estômago, os peritos disseram que a ingestão de álcool, um banho ou uma relação sexual podem influir na rapidez da digestão.

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