Cinegrafistas prestam homenagem a colega morto em protesto no Rio

Ato foi realizado ao redor da Igreja Candelária, no centro da cidade

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Por Fabio Grellet
Atualização:

RIO - Cerca de 50 repórteres-fotográficos e cinegrafistas se reuniram às 17h45 desta segunda-feira, 10, ao redor da Igreja da Candelária, no centro do Rio, para prestar uma homenagem ao cinegrafista da Bandeirantes Santiago Andrade, cuja morte cerebral foi declarada pela manhã.

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Andrade foi atingido por um rojão de vara disparado por um pessoa ainda desconhecida durante manifestação convocada pelo movimento Passe Livre e realizada na última quinta-feira na imediações da estação ferroviária Central do Brasil.

No ato simbólico, os jornalistas tiraram uma foto sem seus equipamentos de trabalho, que foram colocados no chão. Depois, os profissionais seguiram para acompanhar a manifestação programada para as 18 horas desta segunda, na praça em frente à sede do Comando Militar do Leste, mesmo local onde o cinegrafista foi atingido pelo rojão.

Convocado pelo Movimento Passe Livre, o protesto é contra o aumento das passagens de ônibus (de R$ 2,75 para R$ 3,00), que vigora desde sábado, autorizado pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB).

Band. Em nota oficial, o Grupo Bandeirantes diz que "a tragédia que envolve a morte do cinegrafista Santiago Andrade - e que nos deixa arrasados diante da perda de um companheiro querido - é mais uma evidência de que a desordem está imperando nas ruas de nossas cidades".

Ainda segundo a nota, "o desvairado que soltou a bomba assassina é um exemplar conhecido de baderneiro, como tantos que vêm espalhando o terror, infiltrados entre manifestantes. A força de reação que encontram não tem sido suficiente para intimidá-los. Pelo contrário, estão cada vez mais ousados e seguros nas suas ações violentas".

A Band esclarece que vai acompanhar e exigir investigações e a condenação "desse assassino e de seu grupo".

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