Clima continua tenso na Febem de Franco da Rocha

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Por Agencia Estado
Atualização:

O clima continua tenso nas proximidades do portão da Unidade Educacional 25 e Unidade Educacional 29 da Febem, em Franco da Rocha. A unidade, que estava calma apesar das três rebeliões (UE 29 e UE 30), também teve motim a partir da tarde desta sexta-feira. Quatorze funcionários foram mantidos reféns e, de acordo com um menor que falou com a reportagem do Estado pelo celular de um monitor, dez ainda estariam em poder dos rebelados, no pátio central. "Não relamos um dedo neles, mas, para nossa própria segurança, eles estão por aqui ainda. Nosso medo maior é que o Pelotão de Choque da PM entre prá quebrar a gente." A rebelião, de acordo com esse menor, se iniciou na UE 29 e tem como motivos a falta de condições na unidade e a lentidão dos processos. A UE 29 e a UE 25 são unidades de progressão, o que significa que são o último setor da Febem pelo qual passam os menores antes da liberdade. Às 20h55, uma funcionária da Febem saiu no portão e falou para um grupo de pais e mães de internos reunidos que a rebelião havia acabado e não havia registro de feridos entre menores ou funcionários. Em princípio, os pais, muito aflitos, não acreditaram na informação. Em cada unidade há cerca de 80 menores, que atearam fogo em colchões e usaram pedaços de ferro para enfrentar os funcionários. "Na última rebelião, meu filho tomou uma pancada de um dos monitores e levou sete pontos na cabeça. Preciso saber o que está acontecendo lá dentro", disse, muito angustiada. Uma outra mãe conseguiu falar com seu filho pelo celular. Aliviada, ouviu dele a informação de que onde estava não havia perigo. "Fica quietinho aí; não se envolve em nada, que nós não vamos deixar o Choque entrar." A assessoria de imprensa da Febem confirmou que a situação já está praticamente normalizada na Unidade Educacional 29.

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