Colegas criticam ex-comandante que denunciou Psiu

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Por Bruno Paes Manso e Luisa Alcalde
Atualização:

Na semana passada, o coronel Fernando Coscioni deixou o comando do Programa de Silêncio Urbano (Psiu) atirando, depois de três meses no cargo. Em entrevista ao Jornal da Tarde, ele apontou a resistência à influência política para evitar que lugares "imexíveis" se adequassem à lei como um dos motivos da exoneração. Coscioni citou igrejas evangélicas, bares e lugares de Pinheiros frequentados por "pessoas importantes" como alguns desses pontos intocáveis. Na semana passada, houve articulação de vereadores para derrubar um veto do prefeito Gilberto Kassab e flexibilizar as restrições ao ruído. Entre dois coronéis que trabalham atualmente na administração municipal, contudo, a postura de Coscioni causou mal-estar e foi criticada. Segundo um deles disse ao Estado, sob a condição de anonimato, cabia ao coronel justamente conseguir encontrar uma solução administrativa para evitar que as pressões surtissem efeito. Em vez de atirar, deveria se articular para que as empresas fizessem as adaptações necessárias. "Para isso que fomos chamados", diz.

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