empo de espera entre as composições da rede ferroviária em dois dos cinco ramais administrados pela Supervia, no Rio, aumentou para 40 minutos, segundo a concessionária. O motivo é a greve dos maquinistas da empresa, que teve início à meia-noite deste domingo, 12.
De acordo com a Supervia Concessionária de Transporte Ferroviário, 30% dos cerca de 300 maquinistas aderiram à greve e a concessionária está atendendo a pelo menos 80% da demanda nesta manhã, o que provoca o aumento do tempo de espera entre as composições. O número de passageiros atingidos pela paralisação ainda não foi divulgado.
Os ramais Japeri e Santa Cruz, que estavam operando com intervalos de 15 minutos das 6 horas até as 9 horas, operando agora com 40 minutos entre um trem e outro, segundo a Supervia.
A circulação de trens nos ramais Belford Roxo e Saracuruna foi suspensa e o intervalo entre composições no ramal Deodoro o intervalo é de 20 minutos. Segundo a Supervia, cerca de 500 mil passageiros passam por dia pelas 89 estações.
Ainda segundo a empresa, os trabalhadores reivindicam reajuste de 80% do piso salarial de maquinistas, além do reajuste pelo INPC; adicional de 5% para os maquinistas que fizerem a locução de avisos para a população; adicional de 10% para os maquinistas, a título de produtividade; redução da carga horária semanal de 40 horas para 36 horas para humanização do trabalho; entre outros.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Central do Brasil, Valmir Índio Lemos, havia confirmado no domingo, 12, a paralisação.
Índio disse que o motivo da greve é pedir maior segurança para os funcionários e passageiros da Supervia e citou casos recentes de choques de trens e o fato dos vagões circularem com as portas abertas, colocando em risco a vida das pessoas.
"A reivindicação é só por segurança no trabalho. Não queremos prejudicar a população. O que estamos lutando é para que as pessoas tenham segurança no nosso transporte ferroviário e não venham a ficar mutiladas ou até falecer, em decorrência de algum acidente", disse o sindicalista, que acusa a empresa de obrigar os maquinistas a partirem mesmo com as portas das composições abertas, forçadas pelos passageiros, que se queixam de falta de ventilação no interior dos vagões.
(com Agência Brasil)